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Enviada em: 26/08/2018

Contaminação agrária   A partir da década de 60, novas técnicas químicas e tecnológicas alteraram a agricultura até então realizada. Tal período, conhecido como Revolução Verde, trouxe consigo o uso de produtos como os agrotóxicos. Essas substâncias, apesar de serem responsáveis pelo aumento da produtividade alimentar, causam sérios danos ao homem e ao meio ambiente e sua utilização tem sido alvo de discussões na sociedade.  Nesse contexto, a dinâmica capitalista do setor agrícola é uma das principais responsáveis pelo estímulo ao uso discriminado dos pesticidas. Desse modo, ao passo que o ciclo biológico das culturas não acompanha a busca incessante pelo lucro, a deterioração dos alimentos torna-se frequente e afeta, especialmente, os trabalhadores rurais submetidos diretamente aos produtos. Assim, o uso abusivo dos agrotóxicos prejudica a saúde e o bem-estar dos indivíduos.  O uso abusivo de agrotóxicos, ademais, danifica os recursos naturais necessários para os seres vivos. Nesse sentido, a aplicação desses produtos afeta os lençóis freáticos e pode levar ao processo de desertificação do solo, de modo a diminuir a fertilidade destes. Assim, a aplicação dos produtos mostra-se insustentável, na medida em que põe em risco a disponibilidade de tais recursos para as futuras gerações.  Para alterar tal panorama, portanto, é necessário o envolvimento de pesquisas de institutos biológicos e do governo, por meio de políticas públicas. Nesse aspecto, cabe ao poder público criar subsídios econômicos para culturas orgânicas, a fim de tornar esses produtos mais acessíveis à população. Além disso, deve haver fomento às pesquisas em universidades para o desenvolvimento de técnicas biológicas e sustentáveis para a agricultura. Desse modo, é possível garantir a produção alimentícia e a conservação da saúde dos indivíduos e do meio ambiente.