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Enviada em: 30/07/2018

Thomas Malthus, economista britânico, realizou uma previsão pessimista acerca do futuro da humanidade baseando-se na expectativa de crescimento da produção agrícola. Embora a tecnologia dos agrotóxicos tenha contribuído para o afastamento desse panorama, sua má utilização é a causa de diversas desordens ambientais e, portanto, deve ser mais rigidamente regulamentada.       Em primeiro plano, a popularização dos defensivos agrícolas ocasionou o seu uso indiscriminado e sem acompanhamento técnico adequado. Dessa forma, de acordo com a Teoria da Seleção Natural, de Charles  Darwin, as pragas resistentes aos agrotóxicos são gradualmente selecionadas devido à pressão constante do meio. Esse problema gera necessidade de insumos químicos cada vez mais específicos e poderosos, o que demanda recursos financeiros e promove um círculo vicioso.      Outrossim, o mercado de agrotóxicos, por movimentar grandes volumes monetários, tende a subjugar outras tecnologias. Isso faz com que os defensivos sejam utilizados em situações que seriam de fácil controle por meios menos agressivos ou, de modo absurdo, apenas como prevenção. Em consequência disso, os produtores, ao fazerem uso racional dos agrotóxicos em benefício próprio, criam a chamada "Tragédia dos Comuns", dado que se auto obrigam a utilizá-los novamente no futuro, obtendo prejuízo.       Diante desses aspectos observa-se, por consequência, a necessidade de controle rígido sobre os agrotóxicos e estímulo ao uso de novas tecnologias. Para isso, o Ministério da Agricultura deve estabelecer a obrigatoriedade do receituário agronômico para a compra de todo e qualquer tipo de defensivo agrícola, além de aumentar o orçamento das pesquisas desenvolvidas pela Embrapa (Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária). Assim, garante-se sustentabilidade ambiental e evita-se a perspectiva malthusiana.