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Enviada em: 02/08/2018

Na década de 70, foi introduzido no Brasil, um pacote de insumos e equipamentos tecnológicos. Tal evento ficou conhecido como Revolução Verde a qual tinha como meta aumentar a produção de grãos ao mesmo tempo que reduziria a quantidade de agrotóxicos aplicados na lavoura. Todavia, parte desse esforço teve efeito contrário: elevou-se significativamente o consumo de produtos químicos na lavoura. Nessa perspectiva, convém salientar a problemática que envolve o uso de agrotóxicos no país e no mundo.       A priori, destaca-se a falta de orientação na utilização de agrotóxicos no Brasil. Parcela significativa da produção de grãos brasileira advêm da agricultura familiar. Nesse modelo de produção, os agricultores, geralmente em pequenas propriedades, utilizam pouca tecnologia e, muitas vezes, prescindem de equipamentos de proteção individual (EPI). Isso ocorre, basicamente, devido ao desconhecimento dos efeitos negativos tanto do contato direto com o veneno como por meio da alimentação.     Outrossim, manifesta-se, em âmbito global, a carência de politicas supranacionais para a redução do uso de agrotoxicos. O orgão da ONU destinado ao controle e análise da produção agrícola global (FAO), com sede na Itália, não apresenta não apresenta uma posição crítica acerca do aumento mundial na utilização de químicos na lavoura. Com isso, a FAO não valoriza em negociações os países que internamente apresentam baixa aplicação de agrotóxicos na produção de alimentos como a Nova Zelândia e a Austrália. Um exemplo de valorização poderia ser a preferência na compra de grãos pela ONU para a doação aos famintos da África.         É evidente, portanto, medidas que atinjam a esfera nacional e mundial na questao do uso de agrotoxicos. É dever da secretária da agricultura de cada municipio organizar palestras mensais com produtores agrícolas visando a ensinar a forma correta de manejar os produtos químicos. Também é seu dever disponibilizar a preço de custo os EPI à família dos agricultores. Ademais, cabe a FAO priorizar em negociações os países que proporcionalmente a sua produção utilizam menos agrotoxicos a fim de fomentar politicas nacionais contrária a aplicação de veneno. Dessa forma, será possível proporcionar alimentos mais saudáveis a todos.