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Enviada em: 31/07/2018

A Revolução Verde teve como objetivo o desenvolvimento intensificado da tecnologia agrícola, aumentando sua produtividade. É a partir de então que o uso de agrotóxicos se expande, a utilização em excesso é uma problemática hodierna. Dentro desse contexto, há dois importantes fatores que devem ser levados em consideração: os problemas de saúde, e as inferências ambientais causadas.    Primeiramente, segundo dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), o Brasil é o país que mais utiliza agrotóxicos. Ainda, varias defensivos agrícolas proibidos em outros países são aceitos pelo governo brasileiro. Dessa forma, dentro do âmbito supracitado, encontram-se os problemas de saúde, o efeito dos pesticidas depende do princípio ativo neles presente. Os sintomas podem variar, desde irritação na pele até problemas hormonais e o desenvolvimento de câncer, - aponta dados da Agência de Proteção Ambiental dos EUA (EPA) -.     Em uma segunda análise, destaca-se as adversidades perante ao meio ambiente. Destarte, o uso indiscriminado das substâncias químicas descritas, causa a contaminação do solo e lençóis freáticos. Atrelado, o processo de magnificação trófica torna-se recorrente, este tem como característica a bioacumulação, o que significa que o composto permanece no corpo do animal até mesmo após a sua morte. Consequentemente, se algum outro animal se alimentar de um ser contaminado, também ficará intoxicado, e assim sucessivamente, aumentando o alcance do infortúnio.   É evidente, portanto, que o uso exagerado de pesticidas químicos é um revés relevante. O governo deve investir na utilização de biopesticidas, que são produtos feitos a partir de micro-organismos, substâncias naturais ou derivados de plantas geneticamente modificadas, visando o controle das pestes de forma menos prejudicial para o ambiente e a saúde dos seres vivos. Por fim, a pressão popular é de extrema importância, cabe a sociedade informa-se sobre quais pesticidas são liberados no Brasil, e pressionar as autoridades para a criação de leis cada vez mais restritivas que regulem a utilização desse tipo de produto. Afinal, como citou Platão: “o importante não é viver, mas viver bem”.