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Enviada em: 06/08/2018

O potencial do agrotóxicos em eliminar pragas surgiu durante a Segunda Guerra Mundial, no qual as substâncias eram utilizadas como arma química nas câmaras de gás. A partir do seu emprego na agricultura, altos níveis de produtividade puderam ser alcançados e mais pessoas alimentadas. Todavia, em consonância com o intuito letal para que foram criados, os pesticidas vêm acarretando, gradualmente, em inúmeras problemas de saúde, mortes e degradações ambientais. Nesse contexto, deve-se analisar como a falta de conscientização da população e a deficiente Legislação brasileira influenciam na problemática.       A falta de informações passadas aos cidadãos colabora para o crescente mercado dos defensivos químicos. Segundo dados da Anvisa, cada brasileiro consome mais de 5 litros de agrotóxicos anualmente, tais dados podem ser explicados por uma divulgação unilateral a respeito do agronegócio. Uma vez que noticiários e comerciais atentam apenas para o fator econômico da produção agrícola, tal como a famosa frase "o agro é pop", colabora para visão distorcida que oculta os efeitos dos agroquímicos. Desse modo, a população continua exposta ao uso alarmante de venenos e fadados a uma série de disfunções cerebrais, câncer e intoxicações.       Ademais, a Legislação brasileira contribui estimulando o uso de pesticidas. Isso ocorre porque a Lei dos Agrotóxicos, criada em 1989, possui raízes decorrentes da Ditadura militar, período em que o  uso de tais substâncias fora intensamente incentivado. Dessa forma, embasada pela política de concessão eterna, a lei permite que defensivos dificilmente deixem de ser comercializados, ainda que comprovado o potencial de intoxicação e morte.  Logo, tal setor de venda e consumo tende a crescer intensamente,  como exemplo, dados da Anvisa apresentam aumento de 190% no uso de agroquímicos, demonstrando a ineficiência dos sistema legislativo.       Tendo em vista os argumentos apresentados faz-se necessário mudanças no cenário brasileiro. Portanto o legislativo deverá reformula a Lei dos Agrotóxicos, delimitando a quantidade da substância a ser utilizado por metro quadrado, proibir o uso daqueles que forem comprovado potencial de injúria a saúde e penalizando agricultores e comércios que façam uso desses. Por outro lado, deve favorecer e incentivar a produção sem uso dos pesticidas, a fim de ampliar tal mercado e incentivar o consumo pela população. Ademais, devem divulgar os efeitos  dos agrotóxicos a toda as pessoas e realizar palestras  voltadas para produtores rurais, com o fito de incentivar o uso de controles de pragas alternativos. Com tais mudanças os brasileiros serão conscientes e ativos no consumo de alimentos seguros, reduzindo o uso de agroquímicos e preservando a saúde dos brasileiros.