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Enviada em: 02/08/2018

Os estados do Paraná, São Paulo e Mato Grosso eclodem como os maiores consumidores de agrotóxicos do Brasil. A interpretação se dá na extensão de suas lavouras, que subsidiam as maiores colheitas - é a potência da produção sem precedentes, mesmo que sob tutela de um produto prejudicial à saúde da população. De fato, o modelo agroexportador ignora o conceito de respeito ao cidadão.    Tal "desprezo" nasce na atuação estatal. Em meados de 1989, foi criada a Lei do Agrotóxicos, que surgiu após intensas manifestações por parte de ambientalistas e foi um ganho retórico para a população brasileira. Entretanto, 22 anos depois, manifestou-se o desmonte dessa legislação, associadas diretamente à ameaças ao campo, liderado por representantes nacionais, como senadores e ministros. Ora, se tais autoridades não se compadecem dessa situação, a população permanece na passividade - é a utópica democracia.     Outro condutor dessa mazela recai sobre a avidez dos agroexportadores. Para obtenção de lucros desmedidos, os proprietários de safras dimensionais, submetem-se à aplicação de tais produtos, para "combater pragas e organismos patógenos que possam comprometer a produção agrícola", e que na verdade, defronta com a saúde de todos os envolvidos. O substrato dessa assertiva é a taxa de mais de dois mil brasileiros mortos por intoxicação nos últimos anos.    Depreende-se, portanto, que há necessidade de uma reeducação ambiental iminente. O Estado deve priorizar as questões ambientais, apoiando as ONG's e ambientalistas que possuem projetos favoráveis à saúde do campo e dos indivíduos, para que haja diminuição das taxas de mortalidades relacionadas à esse assunto. Os agroexportadores também podem contribuir através do uso da agroecologia, que são meios naturais de desenvolvimento das lavouras, para que exista lucro sem outros prejuízos. Logo, essa mazela será gradativamente vencida.