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Enviada em: 03/08/2018

Com o desenvolvimento dos agrotóxicos, o mundo finalmente obtive um processo capaz de mitigar as perdas causadas por pragas. Entretanto, o uso de tais produtos, pode gerar diversos danos aos indivíduos, como consta em dados da Unicamp, onde só no Brasil 1,5 milhões de trabalhadores estão intoxicados no campo, além dos potenciais efeito nocivos causados a futuros consumidores de tais produtos. Diante disso, considera-se necessário incitar um maior engajamento do Poder Público em consonância com Instituições formadoras de Opinião, visando à melhoria da atual situação na sociedade contemporânea.    Convém ressaltar, a princípio, que a falta de pesquisa e divulgação de métodos alternativos de combate a pragas, além da falta de fiscalização dos atuais métodos empregados, são fatores determinantes para o surgimento do entrave abordado. Esse cenário é vivenciado como uma consequência da ineficiência governamental em resolver as demandas sociais existentes, em especial aquelas que não atingem de forma direta os executores das políticas públicas, como é o caso de trabalhadores rurais. Tal conjuntura entra em concordância ao pensamento de A. Schopenhauer de que os limites do campo de visão de uma pessoa determinam o seu entendimento sobre o mundo que a cerca, já que o problema em questão, apesar de afetar todos os indivíduos, não acomete de forma tão grave e imediata a tais agentes, que não necessitam desse apoio.    Em consequência disso, há a contaminação e potencial morte de milhões de indivíduos em todo o mundo, entrave que se não combatido, pode aumentar tais efeitos, levando frutas e verduras, famosos por seus benefícios nutricionais, a patamares tão ou mais nocivos que alimentos industrializados. Essa conjuntura, de acordo com o filósofo contratualista John Locke, pode-se configurar como uma violação do “contrato social”, uma vez que o Estado não cumpre sua função de garantir uma alimentação segura e saudável a seus cidadãos, algo imprescindível para qualquer sociedade e previsto na Constituição Federal vigente.    Diante dos fatos supracitados, faz-se necessário que o Poder Público dê a devida atenção ao assunto, destinando recursos à pesquisa e desenvolvimento de métodos de combate à pragas menos nocivos, além de aumentar a fiscalização dos métodos já empregados, a exemplo da contratação, através de concursos públicos, de profissionais capacitados, a fiscalização do emprego de pesticidas e seus efeitos ao meio ambiente. Ademais, cabe a Instituições Formadoras de Opinião, a conscientização dos cidadãos a respeito do assunto, por meio de anúncios publicitários, a exemplo de propagandas divulgadas em programas televisivos. Desse modo se tornará a sociedade mais saudável.