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Enviada em: 04/08/2018

A Revolução Verde culminou no surgimento da indústria de insumos e consequentemente nos agrotóxicos. Com a inovação, as pragas e as doenças passaram a ser combatidas, no entanto, o uso excessivo e espontâneo traz riscos à sociedade. Com isso, constata-se que o problema segue em inércia, seja pela falta de supervisão, seja pela venda ilegal.   É indubitável que o descaso das autoridades responsáveis esteja entre as causas da situação. Assim, a grande quantidade de terras agricultáveis no Brasil se torna um fator que dificulta o trabalho da Anvisa, orgão responsável pela fiscalização dos níveis permitidos de pesticida no solo, que quando em excesso pode trazer riscos à saúde da população. Nesse contexto, dados divulgados pela Unicamp ao afirmar que: "cerca de 1,5 milhão de trabalhadores rurais estão intoxicados", reflete o descaso do governo.    Paralelo isso, o comércio ilegal de agrotóxicos é capaz de suprir qualquer necessidade do trabalhador rural. Logo, a proibição de agrotóxicos baseada na capacidade de eutrofização do produto, processo que contamina rios e lagos, não é uma forma de combate permanente, visto que as fronteiras mal patrulhadas são áreas propícias para o contrabando de pesticidas proibidos pela Anvisa. Dessa maneira, a falta de contingente policial nas regiões supracitadas configura uma forma de facilitar o crime de contrabando.    Fica evidente, dessa forma, que medidas são necessárias para diminuir os riscos causados pelos insumos existentes. Destarte, é imprescindível a ação da Anvisa em conjunto com os governos estaduais no aumento da fiscalização das terras do país, coletando amostras do solo e realizando pesquisas para descobrir se há alguma contravenção, a fim de punir os proprietários caso constatado o excesso de agrotóxicos. Sendo relevante ainda, o esforço da esfera judiciária no deslocamento do contigente de agentes da lei em pontos estratégicos das fronteiras do país, em busca de acabar com o comércio de pesticidas e, assim, diminuir o seu uso ilegal.