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Enviada em: 07/08/2018

No que se refere ao uso de agrotóxicos, é possível afirmar que a Revolução Verde, ocorrida no ano de 1950, com o objetivo de aumentar a produção de alimentos através de novas tecnologias, como a mecanização e o uso de fertilizantes, acarretou pontos positivos à população mundial. No entanto, no Brasil, o uso demaseado de pesticidas tem causado doenças e problemas ambientais em larga escala.        No que tange ao uso incorreto de fertilizantes, os mais atingidos são os trabalhadores rurais, pois estão diariamente conectados e inalando esse veneno. Um estudos da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) revelou que o Brasil é o terceiro consumidor mundial de agrotóxicos e que muitos dos alimentos básicos que consumimos no dia a dia possuem taxas maiores que as recomendadas de pesticidas. Nesse âmbito, pode-se afirmar que a falta de políticas públicas no ensino do manejo adequado dos defensivos agrícolas é o fator primordial das causas de intoxicação e até de morte de trabalhadores rurais e de consumidores.           Não obstante, é de fundamental importância discutir a problemática ambiental fomentada pelo uso excessivo de fertilizantes à base de amônia que, a longo prazo, causa acidificação dos solos e poluição de rios e de nascentes. Ao refletirmos criticamente a respeito dos danos causados, não estamos pondo em risco apenas a saúde humana, mas sim a de toda cadeia alimentar, haja vista que o habitat aquático é o que absorve grande parte dos resíduos pesticidas, matando peixes e outros recursos naturais de grande importância à biodiversidade.         Visto isso, faz-se necessária a reversão de tal contexto. Para isso, é preciso que o Governo Federal aliado a ONGs ambientais promovam cursos obrigatórios sobre o manuseio correto dos agrotóxicos aos trabalhadores rurais, a fim de que, gradativamente, o excesso seja aparado e, assim, os fertilizantes deixem de ser vilões. Somado a isso, é imprescindível que o Ministério de Meio Ambiente articule projetos e suas rígidas implantações em locais já degradados, com intuito de recuperar áreas de reprodução de espécies e de tornar o meio ambiente local seguro e harmônico para viver.