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Enviada em: 14/08/2018

O tóxico do agronegócio.   O termo agrotóxico é utilizado para denominar os venenos agrícolas, colocando em evidência a toxicidade desses produtos. Entretanto, no Brasil, uma proposta de alteração na legislação prevê a substituição da palavra, suavizando-a, por "defensivos agrícolas". Logo, é notória a posição do país na problemática, que, por uma política de coronelismo, prejudica quer os indivíduos, quer o meio ambiente.      A priori, milhares de trabalhadores são vítimas de intoxicação por causa do contato diário com o pesticida. Com o objetivo de demonstrar cientificamente, uma pesquisa divulgada no Observatório Social demonstrou que, entre 1999 e 2012, 188 pessoas morreram intoxicadas por ano. No entanto, votos em troca de favores, ainda, impede medidas legislativas que garantem uma qualidade de vida para esses operários.     A posteriori, o meio ambiente pode enfrentar problemas irreversíveis em razão do uso excessivo dos agroquímicos. Parafraseando o filósofo espanhol Sêneca, para a ganância, toda a natureza é insuficiente. Desse modo,  estudos acadêmicos indicam que, a continuar nesse ritmo, em 2035 as abelhas estarão extintas, fenômeno batizado de "colony colllapse disorder", publicado nas principais revistas científicas.     Portanto, visando combater à problemática, medidas conjuntas são necessárias: no âmbito alimentício, urge à sociedade realizar uma petição pública, reunindo assinaturas, requerendo a adoção de limites mais rigorosos para a utilização dos agrotóxicos e incentivos financeiros para produtores de alimentos orgânicos; na prestação de serviços, o Ministério Público deve fiscalizar e denunciar os produtores rurais que não aderirem às medidas de segurança para seus funcionários; e no que concerne às abelhas, é necessário que o Poder Legislativo, com extrema celeridade, avalie a proibição ou o uso mínimo dos neonicotinoides. Sendo assim, "desintoxicando" o agronegócio, poder-se-á um progresso sustentável.    Link para matéria: https://www.nexojornal.com.br/expresso/2018/03/05/O-lugar-dos-neonicotinoides-na-morte-das-abelhas-no-Brasil-e-na-Europa © 2018 | Todos os direitos deste material são reservados ao NEXO JORNAL LTDA., conforme a Lei nº 9.610/98. A sua publicação, redistribuição, transmissão e reescrita sem autorização prévia é proibida.