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Enviada em: 13/08/2018

O uso de agrotóxicos foi, durante muito tempo, a solução para os problemas na lavoura, sendo assim, é possível entender o slogan do agronegócio na grande mídia: "agro é tec, agro é pop, agro é tudo". Com o uso de pesticidas, pôde-se combater fungos, bactérias e pequenos predadores da lavoura. Contudo, apesar de uma solução prática para o crescimento de frutas e legumes, no que tange à vida humana e animal, se tornou um grande problema. Isso porque seu uso é exacerbado e leva à danos "invisíveis". Além disso, sua aplicação é um risco à quem o faz.       Acerca desse assunto, é fato que a aplicação de agrotóxicos, como mostrado pelo Profissão Repórter, não é feita de forma segura. A falta de Equipamentos de Proteção Individual (EPI's), bem como a falta de informação sobre a nocividade no manuseio do "veneno", faz com que os mais pobres, trabalhadores da lavoura, sejam os mais prejudicados. Isso porque o contato direto com esses insumos agrícolas causa centenas de casos de câncer por ano, segundo a BBC Brasil.        Além disso, é impossível não pensar no "invisível": as consequências do uso desenfreado de agrotóxicos à vida terrestre e marinha. É fato que a chuva lava a terra e conduz os sedimentos ao rio mais próximo. Isso é natural. Mas a presença de venenos no solo não é: causa um grande desequilíbrio ecológico. Desse modo, por exemplo, uma população de gafanhotos predava determinada lavoura, mas com o uso de pesticidas, essa população se extinguiu, logo a população de sapos que se alimentava deles se findará. E por conseguinte as serpentes e as aves de rapina. Assim, toda uma teia alimentar se prejudica. Da mesma forma no mar, com o branqueamento dos corais pela chuva ácida, causada pela evaporação de grandes níveis de fertilizantes tóxicos, como pode ser visto no documentário "Oceano de Plástico".       Logo, é muitíssimo importante que exista uma maior fiscalização por meio do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e do Conselho Federal de Engenharia e Agronomia, de modo a barrar o uso exagerado de agrotóxicos. Da mesma forma, é necessário que o Ministério da Educação promova palestras para os trabalhadores da lavoura, informando sobre os riscos do seu trabalho e sobre o uso dos EPI's. Ainda assim, é imprescindível que existam multas para os produtores que não se adequem aos níveis permitidos de insumos. Sendo esse dinheiro revertido para promoção de campanhas midiáticas informativas acerca desse assunto. Não obstante, é necessário que a nova lei dos agrotóxicos seja barrada, por meio de decreto presidencial. Assim, a população se conscientizaria sobre a nocividade dos pesticidas e, com a fiscalização, os produtos do agronegócio seriam mais confiáveis para o consumo. Além disso, os danos ao meio ambiente seriam diminuídos a longo prazo.