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Enviada em: 15/08/2018

Thomas Malthus economista britânico e o pai da demografia, início do século XIX, elaborou um importantíssimo estudo do crescimento populacional e da produção de alimentos, no qual estabelecia que o primeiro crescia de forma geométrica enquanto que o segundo de maneria aritmética - concluindo que logo faltaria alimentos para a população global. Contudo, a partir dos desenvolvimentos tecnológicos dos séculos seguintes, a teoria malthusiana fora redefinida, sendo o gigantesco uso de agrotóxicos um dos principais fatores dessa mudança de paradigma. Assim, torna-se urgente e crucial analisarmos o uso indiscriminado e suas consequências no contexto nacional, bem como no mundial.   O Brasil é hoje o terceiro no ranking mundial no consumo de agrotóxicos. Ou seja, no solo brasileiro está concentrado 20% de todo o agrotóxico mundial usado na agropecuária, concentrando em sua maioria nas gigantescas monoculturas de soja, milho e cana, produtos esses que são destinados a exportação, o que tem levado os pequenos agricultores (agricultura familiar) - que são os principais responsáveis por colocar o alimento na mesa dos brasileiros - a também empregarem agrotóxicos. E isso tem se dado em sua maioria de maneira incorreta e indiscriminada, o que com exposição a longo prazo tem levado o produtor rural a apresentar gravíssimas doenças como câncer, depressão, recém nascidos com má formação, além da população com a alimentação dos mesmo ao longo dos anos.   Não só o Brasil, mas também os Estados Unidos (EUA) é um dos gigantes no consumo de agrotóxicos. A Monsanto é uma multinacional da agricultura e biotecnologia cedia nos EUA - e é ela a maior fabricante de agrotóxicos, sendo também a principal fabricante de produtos que "contornarão" os efeitos nocivos dos mesmos, em outras palavras, ela e o policial traficante responsável por combater o trafico. E esse tipo de monopólio empresarial tem seus reflexos nas politicas governamentais não só americana, como também brasileira, já que com isso os empresários conseguem pressionar o governo em decisões que os beneficie, como o ocorrido no início de 2018 no Brasil, quando sob liderança da bancada ruralista, um projeto de lei que beneficia os grandes latifundiários fora aprovado no congresso.   Torna-se evidente, portanto, diante de tamanha problemática que - o Governo e a ANVISA elabore uma legislação mais específica e clara quanto o uso de agrotóxicos, assim como "criando" um órgão forte capaz de acompanhar e fiscalizar de perto o uso do mesmo, como também ONGs e movimentos sociais por meio da mídia e internet possam criar campanhas de conscientização e efeitos dos agrotóxicos, além de pressionarem o governo e empresas quanto suas responsabilidades. Para que assim, possamos evitar a inversão da curva malthusiana - onde  uma busca pela "saúde" e produção da soja não seja mais importante do que a saúde humana e do meio ambiente.