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Enviada em: 21/08/2018

No fictício universo dos contos de fadas, Branca de Neve adoecera após morder uma maçã envenenada por sua madrasta Malévola. De maneira análoga, milhares de brasileiros vêm desenvolvendo câncer por conta dos exorbitantes usos de agrotóxicos nas plantações nacionais e internacionais. Desse modo, a necessidade da busca por caminhos que combatam a extrema utilização de agrotóxicos no Brasil denotam um país promíscuo e uma sociedade despreocupada quanto à saúde.       Em primeiro plano, é indubitável que a Constituição Cidadã carece de artigos controladores quanto o uso de agrotóxicos nos território nacional. Sob tal perspectiva, é válido destacar que o Brasil está entre os países que, no mundo, mais consomem agroquímicos, confirmando os crescentes índices de câncer na população. Acresce-se a questão de que bancada agrícola tem muita poder na Câmara de Deputados Federais, impossibilitando a sanação de leis que protejam a saúde alimentícia dos habitantes do solo tupiniquim. Logo, faz-se contundente que o corpo social clame por reformas na Magna Carta, haja vista que o Poder Legislativo está à mercê dos latifundiários e, sem a pressão populacional, não aprovará códigos que restrinjam a usufruição de defensivos agrícolas no Brasil.      Outrossim, muitos cidadãos, mesmo não favorecidos financeiramente pelos agroquímicos, defendem assiduamente a utilização desses nas plantações, uma vez que acreditam que a erradicação desses corroboraria um cenário de fome populacional. No limiar do século XIX, Thomas Malthus depreendeu que, como a população mundial estava crescendo muito mais rápido que a produção internacional de alimentos, a comunidade universal enfrentaria tristes casos de fome. Contudo, a invenção dos agrotóxicos derrubou a análise malthusiana, visto que permitiu maiores níveis de produção agrícola. No entanto, pesquisas demonstram que, hodiernamente, o setor rural produz muito mais do que a demanda internacional, e, não obstante, ainda existem famílias passando fome no país canarinho.       Infere-se, portanto, que medidas cabais devem ser efetivadas para a sanação da problemática. Para isso, é ponderável que o Poder Legislativo, em face dos deputados federais e senadores, aprove leis que burocratizem a compra de agrotóxicos no território brasileiro, proibindo a adquirição dos produtos químicos mais nocivos à saúde humana. Para mais, é dever do Ministério da Saúde circular, através de redes sociais, pesquisas e notícias que comprovem os malefícios da alimentação com vegetais cultivados à base de defensores agrícolas, de modo que estimule a população verde e amarela a protestar por atitudes agrícolas menos prejudiciais aos consumidores. Ademais, o Ministério da Agricultara pode estimular os produtores rurais a utilizarem, ao invés de substâncias tóxicas, biodefensivos agrícolas, ideias aos humanos. Assim, reduzir-se-ão os casos de enfermidades no país.