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Enviada em: 30/08/2018

Empregando desempregados      Representando cerca de um quinto da economia brasileira, a agricultura é um dos setores que mais engloba a sociedade, atingindo todos os cidadãos de forma direta ou indireta. Por consequência, o uso de agrotóxicos é assunto de grande importância para o país, tendo levantado nova polêmica com a proposta de modificação da legislação vigente.       Apresentada poucos meses atrás, o projeto está na direção contrária da solução dos problemas existentes no campo. É muito mais simples investir em novas formas de combate à pragas e doenças do que intensificar métodos anti-éticos do ponto de vista humanitário e ambiental.         As Ciências Naturais ganhariam com a oportunidade de realização de novas pesquisas em espécies de animais, plantas, vírus, fungos e bactérias capazes de destruir pragas do campo. O controle biológico, se feito corretamente, tem potencial para se tornar um método útil e capaz de solucionar muitos problemas relacionados à saúde do agricultor.     A agricultura orgânica é outra área que se beneficiaria com os investimentos. Pelo fato do homem ser o agente de controle biológico, esse tipo de agricultura tem enorme potencial em meio ao desemprego crescente, o que aumenta a mão-de-obra disponível e possibilita o crescimento de sua produção, podendo chegar mais facilmente à mesa de milhões de brasileiros.      Diante dos privilégios naturais que nosso país dispõe, o uso de agrotóxicos deveria ser algo destinado, em parte substancial, à resolução de problemas a curto prazo. Até mesmo plantas tem o poder de atuar como biopesticidas em pequenas propriedades.       Conclui-se que o uso dos agrotóxicos não só atinge a saúde do produtor e do consumidor, mas também tem a capacidade de, se diminuída, incentivar investimentos em pesquisa de novas formas de combate e em formas de agricultura que, no Brasil, ainda são pouco exploradas e tem potencial de empregar desempregados e se desenvolver.