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Enviada em: 23/08/2018

A agricultura é tão antiga quanto o surgimento da própria sociedade. Não obstante duas revoluções foram cruciais para modificação dessa cultura milenar: a industrial e a tecnológica. As pesquisas sobre hibridização vegetal e uso de toxinas para permitir a produção em larga escala ganharam força na década de 50 e os progressos alcançados por ambas proporcionaram uma velocidade na produção e no escoamento de alimentos antes impensados. No entanto, após mais de meio século de pesquisas e modificações genéticas na agroindústria, a sociedade vem sofrendo consequências para a saúde e para o meio ambiente.             Com relação aos problemas de saúde causados pelo uso de agrotóxicos na agricultura no Brasil, os mais afetados estão os consumidores dos alimentos e os trabalhadores envolvidos com o manejo de tóxicos nas plantações, o Ministério da Saúde notificou cerca de 35 mil casos de intoxicação entre 2007 e 2014. Além disso, de acordo com William Davis, médico e autor do livro Barriga de Trigo, as pesquisas da agroindústria foram liberadas direto para a produção de alimentos sem que houvera estudos em animais e humanos para saber os efeitos sobre sua saúde. Todavia, as consequências vêm sendo alarmantes, é inadmissível que as pessoas sejam expostas a produtos nocivos para que a indústria lucre sem maior responsabilidade.             Além disso, outro problema enfrentado por esse modo de produção é o do meio ambiente, dados do IBAMA revelam que os agrotóxicos não se limitam em afetar os alimentos produzidos, mas contaminam solo e água, e ainda, por questões naturais, são levados de uma região a outra com ventos e chuva, que podem inclusive alterar sua composição química, tornando impossível prever as consequências dessa ação para o ambiente. O desrespeito à agricultura, tem efeitos ultrajantes à economia, à ecologia e ao manejo dos recursos naturais, que deveriam estar pautados na pesquisa e na tecnologia que favorecessem seu desenvolvimento de maneira sustentável.             Diante do exposto, cabe ao Congresso Nacional buscar atenuar esse desafio sócio econômico por meio da elaboração de leis mais rígidas com a proibição de determinadas substâncias tóxicas na produção dos alimentos, bem como incentivo a alternativas biológicas para os produtores, ademais deve haver também a previsão legal de órgãos fiscalizadores competentes para vigiar desde a comercialização das substâncias para os produtores, como a posterior distribuição aos consumidores finais; com o fito de tornar a lei de fato efetiva. Espera-se com isso diminuir os efeitos nocivos à saúde e ao meio ambiente em relação a cultura dos alimentos no país.