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Enviada em: 23/08/2018

A Revolução Industrial foi responsável pela expansão da agricultura. Houve um aumento da produção alimentícia e, fez-se necessário o uso de agrotóxicos a fim de combater as pragas nas produções. No Brasil, a introdução de agroquímicos teve início em meados da década de 60 com a “Revolução Verde”. Desde então, a utilização desse recurso só vem aumentando, principalmente porque a agricultura é um dos pilares da economia brasileira. O uso indiscriminado de agroquímicos é preocupante tanto para a saúde humana quanto para o meio ambiente.      Esses agrotóxicos são precursores de doenças neurológicas e câncer, entre outras. Um levantamento da Anvisa, achou agrotóxicos em 67% dos alimentos testados em uma pesquisa, sendo que 25% continham substâncias proibidas ou acima do permitido. Um exemplo é o Glifosato, que já foi alvo de pesquisas internacionais e comprovado como sustância cancerígena. Recentemente, a Monsanto, fabricante de agrotóxicos, foi condenada a pagar indenização a um americano que teve câncer, que, segundo o homem, afirma que sua doença foi causada por herbicidas da empresa.        Mesmo assim, aqui no Brasil, essa questão não é levada muito a sério. Chamada de “PL do veneno”, o projeto de lei aprovado pela Câmara, mudou o nome dos agrotóxicos para “defensivos agrícolas”, tentando, ao que parece, minimizar o perigo destes. A lei ainda garante maior facilidade para a liberação de tais substâncias. Na comissão foi dito que essas mudanças trariam uma modernização à lei dos agrotóxicos, mas, na verdade, há um interesse comercial, já que a atividade agrícola é uma das mais importantes para a economia brasileira.        Por tanto, já que no Brasil se visa tanto ao lucro em detrimento da saúde pública e do meio ambiente, é preciso que projetos de leis mais rigorosos, restringindo as aplicações de agrotóxicos nas plantações para o mínimo possível, sejam propostas por ambientalistas e representantes da sociedade. O governo, através do Ministério da Agricultura, deve intensificar as fiscalizações nas grandes e nas pequenas produções, tanto em relação à quantidade quanto à procedência dos agrotóxicos.  Tudo isso para evitar à ocorrência de doenças caudadas pelo consumo excessivo de agroquímicos, e potenciais desastres ambientais.