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Enviada em: 28/08/2018

Em 1950, a Revolução Verde proporcionou uma melhora significativa nas práticas agrícolas nos Estados Unidos e na Europa, pela mesma razão, no decorrer das décadas, o homem investiu fortes agrotóxicos em suas plantações, em sua maioria prejudiciais à saúde. Infelizmente, o Brasil utiliza diversos desses produtos que são proibidos em outros países, o que acarreta não só em problemas de saúde como também em mortes. Neste contexto, faz se necessário debater este uso exacerbado em nosso país, bem como propor soluções para a problemática.       Em primeira instância, a lei 6299/02 muda regras sobre o uso desses produtos visando uma flexibilização que garante vários meios legais para usar os defensivos agrícolas tóxicos. A nova lei pode garantir avanço na economia, entretanto, será responsável por diversos problemas de saúde pública. A Organização Mundial da Saúde (OMS) afirma que 80% dos casos de câncer são atribuídos à exposição de agentes químicos. Se os agrotóxicos também são esses agentes, temos que diminuir esses produtos. Logo, além de prejudicar o estado físico e psicológico, o ganho no negócio promovido pelo excesso de agrotóxicos deverá ser usado em instituições hospitalares para a população que sofrerá suas consequências.        Concomitantemente a isso, nota-se o alto índice de mortes. Uma pesquisa realizada pela Faculdade Federal do Ceará mostra que o índice de câncer em Limoeiro do Norte é 38%, a região concentra grandes lavouras, dessa forma, pode-se chegar à conclusão que a causa é o excesso de pesticidas. Há uma elevada taxa de mortes por este motivo, todavia, deve-se lembrar que o produto usado corretamente garante maiores colheitas e permite maior acesso à população.        Infere-se, portanto, que agrotóxicos quando usados indevidamente apresentam sérios riscos para a saúde dos seres vivos. Desse modo, no âmbito nacional, é preciso que o Poder Legislativo modifique a lei 6299/02, e, com a parceria engenheiros ambientais, reformem visando o benefício ambiental para impor regras rígidas que serão fiscalizadas por agentes do meio ambiente em todo o país, além disso, o produto saudável será visto com bons olhos pelos destinos da nossa exportação. E, na conjuntura global, empresas ambientais públicas, privadas e ONG´s, como a World Wide Fund for Nature (WWF), deverão reforçar o tema por meio de projetos de incentivo à agroecologia realizados por biólogos, agentes e voluntários. Assim, será possível, a médio e a longo prazo, reduzir a utilização de defensivos agrícolas tóxicos.