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Enviada em: 30/08/2018

Com o advento da Revolução Verde, o homem passou a dominar todos os fatores que influenciam a produtividade agrícola. Desde a irrigação mecanizada até a fabricação de sementes transgênicas, atualmente, a forma de cultivo agrícola tornou-se uma ciência em expansão. Entretanto, cabe ressalvar que, como qualquer outra ciência, é preciso que haja restrições que dizem respeito à responsabilidade com a saúde humana e a preservação ambiental. Muito se discute acerca do uso de defensivos agrícolas, empregados em excesso nos campos, apesar de haver confirmações médico científicas acerca de sua toxicidade contra a saúde humana e ambiental.    Segundo dados da Organização Mundial da Saúde, um brasileiro ingere por ano 7,5 litros de veneno agrícola. À medida que há um consumo de frutas e vegetais contaminados com agrotóxicos, ocorre também o processo de bioacumulação, quer dizer, o consequente acúmulo dessas substâncias tóxicas no organismo. Diante do exposto, são perceptíveis os danos nocivos que as substâncias agrotóxicas podem causar, a exemplo de mutações genéticas e degenerações psicológicas. Ademais, existem as contaminações tóxicas advindas diretamente do processo de plantio e crescimento dos insumos agrícolas, ou seja, os trabalhadores rurais que atuam no campo são os que mais sofrem envenenamentos e intoxicações.    Outro aspecto a ser abordado, acerca da política no Brasil, é a presença significativa da Bancada Ruralista nas decisões que dizem respeito ao agronegócio brasileiro. Por conta disso, são realizadas muitas manobras políticas que beneficiam essa fração dos representantes rurais e grandes latifundiários.  A exemplo do projeto de lei aprovado no ano de 2018, que visa agilizar a liberação para o uso de determinados agrotóxicos, sem as devidas análises laboratoriais. É notório, portanto, que a prevalência dos insumos tóxicos no campo estão vinculados a esfera político-rural brasileira.    Dessa maneira, é preciso que haja um movimento global a favor da diminuição do uso de agrotóxicos nas plantações. Devido à globalização, há um grande fluxo de exportações e importações de insumos agrícolas, ou seja, se há utilização excessiva de agrotóxicos no Brasil, os produtos exportados irão afetar populações em outros países. Por isso, é preciso que a Organização das Nações Unidas junto aos representantes e diplomatas acionem meios de restringir o uso de defensivos agrícolas. Cita-se como exemplo um maior incentivo, por parte dos Governos Federais e Estaduais, aos pequenos produtores rurais e plantações orgânicas. Por fim, devem ser realizadas fiscalizações nos grandes latifúndios do agronegócio para que, dessa forma, seja garantido o cumprimento das restrições. Dessa forma, o uso de insumos químicos será diminuído e a saúde humana preservada.