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Enviada em: 31/08/2018

Em 1950, no México, deu-se início a chamada Revolução Verde, na qual, foram desenvolvidas e introduzidas novas tecnologias com o objetivo de aumentar a produtividade no campo. Todavia, esse conjunto de inovações trouxe consigo inúmeros problemas ambientais, tendo considerável influência na saúde humana. Nesse cenário, convém analisar os desdobramentos desse entrave pertinente nos dias atuais.   É importante pontuar, de início, o uso de agrotóxicos como consequência direta da Revolução Verde. No Brasil, em especial, a venda de pesticidas corresponde a 20% do mercado mundial.  Como consequência disso, o brasileiro consome cada vez mais alimentos intoxicados, agravando consideravelmente a saúde da população. Alguns estudos da Universidade do Ceará, apontam o diagnóstico de várias doenças, bem como câncer, depressão, ansiedade, problemas respiratórios e dente outros, intimamente ligado à exposição desses indivíduos aos insumos agrícolas.  Em segundo plano, é válido ressaltar, também, os prejuízos para o meio ambiente. Embora a aplicação de agrotóxicos tenha sido intensificado pelo aumento da exportação de grãos e sejam necessários para o sucesso do cultivo, não pode-se desconsiderar os prejuízos acarretados pelo seu uso. Paralelamente à isso, a agricultura familiar está progressivamente mais adepta a essa prática, e seu uso indiscriminado tem gerado como efeito a acidez do solo, poluição do ar e mananciais, além da seleção de pragas mais resistentes.  Evidencia-se, portanto, a necessidade da elaboração de medidas que resolvam esse impasse. Dessa forma, é preciso que haja, por parte do Legislativo, a criação de leis que regulamentem o uso desses defensivos agrícolas. Outrossim, cabe a Anvisa e ao Ministério da Agricultura, a fiscalização mediante à aplicação e venda, assim como o incentivo ao aperfeiçoamento da técnica de controle biológico de pragas, que tem representado menores impactos ao meio ambiente, além de diminuir a quantidade final de agrotóxicos no alimento.