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Enviada em: 05/09/2018

Com sua ampla difusão relacionada à Revolução Verde, pós Segunda Guerra Mundial, os agrotóxicos exercem atualmente um papel importante na agricultura em escala mundial;diminuem a quantidade de alimentos perdida para fatores naturais,como pragas agrícolas.Apesar disso, o aumento desregulado de seu uso é um perigo real para a saúde pública brasileira e internacional. Antes de mais nada,a falta de fiscalização eficaz faz com que os níveis de defensivos agrícolas utilizados nas lavouras estejam acima do permito em diversos alimentos.Tal situação pode ser ilustrada pela pesquisa da especialista Larissa Bombardi,que constatou um aumento de mais de 100% na massa de insumos aplicada por hectare no Brasil.Por conseguinte, a intoxicação por esses produtos químicos é a terceira mais frequente no país -segundo dados do Jornal do Senado-, demonstrando um alerta aos efeitos. Por outro lado, no que tange a alternativas para reduzir o uso em demasia,o leque de opções é vasto. Todavia, o que ocorre é que essas são um custo a mais para o produtor -seja ele familiar ou agroempresário- por requerirem um maior emprego de tecnologias na produção, como é o caso do biocontrole de pragas.Deste modo, em ambas as esferas produtivas há o sacrifício da melhor qualidade pelo preço. E, mais uma vez, a saúde do consumidor final é preterida, inclusive no mercado internacional. Levando em consideração o exposto acima e o custo que existe no tratamento dos doentes por uso de agrotóxicos, medidas se mostram necessárias. Uma das proposições possíveis é que o Ministério da Agricultura e o Ibama revejam, na presença de advogados da União, o modo como a fiscalização dos insumos químicos está acontecendo e reestruturem-na em forma e exercício, tornando-a mais informativa aos trabalhadores que precisam lidar com os agrotóxicos e mais punitiva no caso de reincidência de irregularidades. Com isso, os efeitos do uso desses produtos poderão ser reduzidos e a saúde pública melhorada.