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Enviada em: 07/09/2018

Na década de 60, o mundo passou pela chamada Revolução Verde que, além de transformar profundamente o modo de produção de alimentos, difundiu no meio agrícola o uso de agrotóxicos. Esses produtos têm sido usados, em maior parte, de modo irresponsável e com a finalidade de aumentar a produção e a renda sem levar em conta as consequências.             No Brasil, com a popularização do chamado agronegócio, o uso de agrotóxicos têm sido fundamental para manter a produção das safras e assim gerar competitividade no mercado para quem produz. O problema é que esses produtos têm sido usados de forma excessiva, contaminando quem consome os alimentos e quem aplica-os na lavoura. As consequências são várias: intoxicação alimentar, má formação do feto, poluição do solo e rios, câncer, etc, tornando o uso de agrotóxicos um problema de saúde pública.             Uma das maiores dificuldades que se tem nesse embate do uso de agrotóxicos é a questão financeira. As altas cargas tributárias para obtenção de máquinas e para produção, recessão econômica e necessidade de se firmar competitivo no cenário mundial, faz com que quem produz os alimentos opte pelo uso de pesticidas para manter o ganho de capital e expandir seus negócios. Quem consome esses alimentos questiona com frequência o porquê das autoridades não intervirem nesse meio. O motivo é que o Brasil ainda não atingiu um alto nível de industrialização, o que torna-o potencialmente dependente do agronegócio, e em meio a recessão econômica é difícil reduzir o uso de pesticidas, já que isso significaria uma grande perda de capital.             Em meio a isso, faz-se necessário como medidas paliativas a revisão dos agrotóxicos vendidos no mercados a fim de remover os potencialmente prejudiciais, orientação técnica para o seu uso, o que protegeria quem aplica e quem consome, e,como solução permanente,a redução da aplicação de agrotóxicos, por meio de lei, bem como uma rígida fiscalização para que ela seja cumprida.