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Enviada em: 19/10/2018

A Revolução Verde, foi responsável pela modernização do campo, utilizando equipamentos e insumos criados pelo homem para aumentar a produção agrícola. Entretanto, além de trazer vários benefícios, também causou o surgimento de alguns problemas, como a eutrofização da água e o câncer na população. O uso excessivo de agrotóxicos e a falta de equipamentos de proteção individual (EPIs) são fatores que influenciam no desenvolvimento desses problemas.     Em primeiro plano, é necessário evidenciar o fato de que os latifundiários muitas vezes utilizam agrotóxicos em quantidades superiores a permitida. Isso porque a produção agrícola no Brasil é voltada para a exportação e precisa de grande quantidade de produtos para obter maior lucro. Desse modo, o uso de insumos que exterminem os parasitas e auxiliem no crescimento e desenvolvimento da produção, é muito bem visto pelos agricultores. No entanto, seu uso em excesso pode prejudicar o meio ambiente, tendo em vista que as substâncias presentes nos agrotóxicos podem chegar a um corpo de água e causar o processo conhecido por eutrofização. Segundo o IBGE o uso de agrotóxicos é a segunda maior causa de contaminação dos rios no Brasil.        Além disso, nota-se que os trabalhadores responsáveis pela aplicação dos defensivos agrícolas nas plantações normalmente não estão utilizando os EPIs. Isso pelo motivo de o empregador não disponibilizar esses equipamentos e não fiscalizar a utilização, já que de acordo com a ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas) essas funções são de responsabilidade do empregador. Essa situação é prejudicial para o funcionário que fica diretamente exposto as substâncias toxicas presentes nesses insumos, podendo causar vários tipos de cânceres. Os consumidores também são afetados, devido a grande quantidade de agrotóxicos que ficam nos alimentos, muitas vezes estando presente tipos de agroquímicos que são proibidos em determinadas culturas.      Urge, portanto, que medidas sejam tomadas para que essa situação deixe de ser sustentada no Brasil. Cabe ao Ministério de Meio Ambiente (MMA), em parceria com as prefeituras municipais, criar um programa de fiscalização da utilização de agrotóxicos no país, fazendo um cadastro de todos os produtores agrícolas que informe o tipo e o tamanho da plantação que será utilizado o defensivo agrícola, para que seja vendido apenas a quantidade suficiente a ser utilizada. Ademais, os mesmos órgãos públicos também devem fiscalizar a utilização de EPIs na aplicação desses insumos, visitando periodicamente os locais de cultivo, para que a segurança dos trabalhadores seja assegurada. Dessa forma, o país poderá minimizar os impactos desses produtos na sociedade.