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Enviada em: 20/10/2018

Apesar de se destacar enquanto potência econômica mundial no ramo agrícola, o Brasil ainda vivência problemas arcaicos nesse setor, como o excessivo uso de defensivos agrícolas em suas lavouras. Diante da gravidade dessa questão urge a mobilização conjunta do Estado e da sociedade brasileira a fim de buscar soluções para os desafios desse tema.       É evidente a importância dos agrotóxicos para a humanidade, graças a eles a famosa teoria de Thomas Malthus é tida apenas como um pensamento pessimista da humanidade. Entretanto, o grande desafio em cima dos defensivos agrícolas está nos perigos no excesso do seu uso, principalmente em um país que tem o agronegócio como o principal setor de sua economia, como o Brasil. Nessa perspectiva, o Brasil se mostra muito mais preocupado com sua economia ao invés da saúde de sua população. Contudo, tanto a economia quanto o bem estar da sociedade podem e devem "caminhar" juntos, faltando ao Brasil, a conscientização de que os agrotóxicos podem até ser o meio mais fácil para maiores lucros, porém não é o mais correto. E hoje, muitos outros países já perceberam isso e começaram a investir na área de biotecnologia agrícola.       É indubitável, que a questão constitucional e sua aplicação estejam entre as causas do problema. Segundo o filósofo grego Aristóteles, a política deve ser utilizada de modo que, por meio da justiça, o equilíbrio seja alcançado na sociedade. Diante do exposto, é perceptível que o Estado brasileiro mostra sua ineficiência em atingir tal equilíbrio, visto que, segundo dados jurídicos, em pouco mais de dez anos o consumo de agrotóxicos nas lavouras do país aumentou 75%, tendo como resultado o preocupante número de 22 intoxicações por dia no país e o indesejável posto de terceiro maior consumidor de defensivos agrícolas do mundo.       É evidente, portanto, que ainda há entraves para garantir a solidificação de políticas que visem o uso correto dos agrotóxicos no Brasil. Por conseguinte, cabe ao Poder Legislativo à criação de leis mais rigorosas no tocante ao uso desses defensivos agrícolas nas lavouras, sendo assistido pelo Ministério da Agricultura, de forma efetiva, a partir do compromisso em garantir os devidos recursos para a implementação dessas leis, além da responsabilidade em assegurar meios para o avanço da área de biotecnologia agrícola no Brasil, a fim de afirmar a diminuição gradativa do uso de agrotóxicos e a seguridade da saúde. Ademais, fica a cargo do Ministério da Educação, auxiliado pelas instituições de ensino com proatividade o papel de deliberar acerca dessa questão em palestras elucidativas, por meio de dados estatísticos e depoimentos de pessoas envolvidas com o tema, a fim de estimular a criticidade da sociedade, fazendo com que elas cobrem dos seus governantes a implementação das soluções.