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Enviada em: 02/10/2018

Viver é isso, ficar se equilibrando o tempo todo entre escolhas e consequências. A citação do filósofo francês do século XX, Jean-Paul Sartre, revela a necessidade do ser humano considerar, previamente, os resultados de suas ações. Nesse sentido, convém utilizar o mesmo raciocínio de liberdade e poder de escolha para debater as principais consequências do uso de agrotóxicos no contexto atual.       A princípio, evidencia-se que a utilização de defensivos agrícolas afetam, negativamente, a saúde do ser humano. Devido ao contato direto com as substâncias químicas, os trabalhadores rurais são os mais afetados, com mais de um milhão de intoxicações contabilizadas de acordo com o Programa de Vigilância da Saúde das Populações Expostas a Agrotóxicos. Além disso, a ingestão de alimentos com resíduos de pesticidas prejudica os consumidores e já foi responsável pela morte de quase três mil brasileiros, desde 1999, segundo o site Observatório Social. Isso exemplifica uma das consequências severas da escolha humana.       Ademais, outra desvantagem de optar pelo uso de agrotóxicos é desequilíbrio ambiental. De acordo com a Agência Nacional de Vigilância Sanitária, a utilização no Brasil - país que mais consome agroquímicos - levou à degradação, de longa duração, dos recursos naturais. Isso ocorre devido ao manuseio incorreto dessas substâncias, com concentrações acima do permitido ou com o uso de produtos não licenciados no país, o que provoca a contaminação dos solos, da água e flora, além de extinguir outros organismos não prejudiciais às plantações e fundamentais para o equilíbrio da região ambiental.       Desse modo, a elaboração de medidas efetivas é imprescindível para manter o equilíbrio diante dessa problemática e minimizar seus efeitos. Para isso, o Estado deve atuar por meio de diferentes ministérios:  o Ministério da Agricultura deve orientar o uso e selecionar o produto de modo adequado à plantação, sendo este produto fiscalizado em sua produção pelo Ministério da Saúde que também deverá dar apoio à saúde da população nos postos de saúde de cada município. E, ainda, o Ministério do Trabalho deve fiscalizar os trabalhadores para que estes sejam credenciados e recebam o treinamento adequado para o uso dos produtos. Espera-se, com isso, que as consequências da utilização de agrotóxicos sejam minimizadas tanto no meio ambiente, quanto na saúde dos consumidores e trabalhadores do país.