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Enviada em: 24/08/2019

Há aproximadamente 5 anos atrás, um grupo de ativistas invadiu e depredou um laboratório que usava cães em testes de medicamentos. O resultado disso foi a destruição de aproximadamente 10 anos de pesquisas científicas, o que causou a perda de estudos sobre drogas que tinham o potencial de ser a cura para várias doenças. Atualmente, animais continuam sendo utilizados em testes de novos fármacos, pois não existem métodos capazes de reproduzir a complexidade do corpo humano e a utilização de pessoas é extremamente arriscada.       Primeiramente, é preciso analisar os benefícios trazidos pelos testes realizados em animais. Por possuírem corpos dotados de sistemas complexos, muito semelhantes aos dos humanos, cachorros e primatas são utilizados como cobaias. A razão para isso é o fato de que a maioria das drogas se comportam de maneira muito semelhante neles e nas pessoas, de acordo com o Departamento de Zootecnia da Universidade de São Paulo. Com isso, é possível avaliar precisamente os efeitos colaterais e os resultados dos tratamentos que ainda estão em desenvolvimento, o que torna os estudos mais confiáveis. Por esses motivos, fica evidente que o uso de animais em testes de medicamentos contribui significativamente para o estudo das consequências adversas e dos resultados do tratamento.       Ademais, é necessário constatar a inviabilidade da utilização de seres humanos como cobaias. A ausência de conhecimento sobre os efeitos colaterais de medicamentos novos impossibilita a utilização de pessoas durante os testes, pois isto poderia pôr a vida em risco. Por este motivo, meios alternativos são necessários para entender os impactos causados pela droga. De acordo com a Agência Nacional de Vigilância Sanitária(ANVISA), os principais métodos secundários utilizados são as peles sintéticas e a cultura de células, entretanto nenhum deles fornece a complexidade necessária do corpo de um ser vivo e, por essa razão, pesquisas mais complexas ainda utilizam animais. Com isso, é evidente que eles permanecem sendo primordiais nos processos de desenvolvimento de novos fármacos.       Em síntese, a utilização de animais pela indústria farmacêutica ainda é necessária, pois hodiernamente só é possível obter resultados confiáveis a respeito do tratamento estudado por meio deles. Entretanto, é necessário que a ANVISA, com o auxílio dos seus fiscais, realize monitorações preventivas em todos os laboratórios farmacêuticos que utilizam seres vivos. Assim, caso fique constatado qualquer tipo de procedimento doloroso ou inapropriado, a agência poderá punir o estabelecimento e coibir este tipo de ação. Deste modo, o desenvolvimento de medicamentos poderá ser feito de maneira sustentável e a integridade física dos animais será preservada.