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Enviada em: 03/08/2019

Josef Mengele, conhecido como o Anjo da Morte, foi um médico nazista que realizou diversos experimentos em seres humanos nos campos de concentração durante o período da Segunda Guerra Mundial, suas descobertas, hoje, não são aceitas, devido à tamanha crueldade. De maneira análoga, na contemporaneidade, os animais são usados para descobertas no ramo científico. Dentro desse contexto, o uso desses é essencial para o desenvolvimento das pesquisas no Brasil, entretanto a não fiscalização dentro dos laboratórios resulta em uma falta de ética digna de revolta.        Em uma primeira análise, é importante destacar que com o advento da Revolução Técnico-Científica-Informacional as pesquisas avançaram e o uso de animais se tornou imprescindível para diminuir as falhas em produtos usados por humanos.  Nesse seguimento, o uso desses seres ao longo dos anos, possibilitou, principalmente, o desenvolvimento da indústria farmacêutica e estética. Dessa forma, vacinas como a da Varíola, importante marco para a humanidade, e antibióticos, para doenças que antes eram fatais, dependerem do uso de seres sencientes em pesquisas. Logo, é questionado se o uso desses pela Comunidade Científica não se configura como um mal necessário.       Nessa mesma perspectiva, em 2008, foi promulgada uma lei no Brasil que regulamentava o uso de animais nas pesquisas científicas. Todavia, muitos laboratórios, como o Instituo Royal, que virou caso de polícia em 2013, não cumprem a lei vigente que defende a ética durante os procedimentos que contribuem para a ciência, pois a falta de fiscalização e punição resulta em uma liberdade má condicionada. Nesse sentido, o Instituto Luísa Mell defende o não uso de animais em testes, para isso é proposto diversas outras formas de continuar com as pesquisas essenciais para a vida humana. Desse modo, é proposto o uso de sistemas computacionais e o cultivo de tecidos in vitro, além disso, futuramente o uso de impressoras 3D poderá diminuir, radicalmente, o sofrimento dos animais que tanto contribuem para as descobertas medicinais e estéticas. Destarte, é necessário intervenções para amenizar a problemática.       Fica claro, portanto, que os pertencentes ao Reino Animalia, não humanos, são essenciais para o desenvolvimento de ciência, porém a falta de punição aos que descumprem a lei de 2008 precisam de mudanças. Assim, se faz necessário que a ANVISA, fiscalize os laboratórios, fazendo isso por meio de visitas inesperadas aos locais, para assim garantir o cumprimento da lei. Ademais, a iniciativa privada e o Governo Federal, devem incentivar os cientistas a usarem outros meios além dos animais, por meio do repasse de recursos financeiros para uso de tecidos in vitro, dessa forma o uso de seres sencientes para testes ficará no passado.