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Enviada em: 12/08/2019

O documentário "MTD", produzido em 2012,  aborda a questão problemática dos testes científicos em animais, além de retratar a realidade emblemática de diversos animais sujeitos a pesquisas em laboratórios pelo mundo todo. Nesse sentido, o documentário expõe os diversos malefícios que o teste animal pode acarretar. Todavia, mesmo diante desses malefícios expostos, o uso de animais é ainda indispensável ao se abordar testes científicos no Brasil. Diante disso, o uso de animais no país possuem problemáticas na falta de fiscalização, na crueldade da indústria e na ineficácia dos testes.   Neste contexto, é indubitável que os testes animais no país não são fiscalizados de maneira eficiente, fato que favorece os mal-tratos animais, visto que de acordo com o Instituto Nina Rosa, especializado em questões animais, o Brasil não possui políticas públicas relacionadas a fiscalização de empresas que utilizam animais em seus testes. Tal fato foi exposto pelo jornal O Globo, em retratou que 60% das empresas brasileiras que realizam testes animais não estão cadastradas na ANVISA para realizarem tais pesquisas, ou seja, realizam os testes animais de forma negligente e irresponsável, pois não se importam com o bem estar do animal, com a qualidade da pesquisa, ou até mesmo com o produto final.   Além disso,  de acordo com o Instituto PeTA, morrem por ano cerca de 3 milhões de animais em testes científicos pela industria cosmética. Todavia, de acordo com a pesquisadora Karol Orzechowski, testes para questões higiênicas poderiam ser realizadas por meio simulações computacionais e bioinformática, já que diferem de questões de saúde que são necessários um ser vivo. Essa questão, portanto, nos mostra de forma clara que as empresas brasileiras utilizam o teste animal, pois visam o lucro existente nessa prática, já que é mais barato o uso de animais ao uso de tecnologia de ponta.   Ademais, o teste animal não é completamente eficiente, já que existem diversos casos de reações distintas entre animais e humanos. Tal fato foi observado em 1950, na utilização de um sedativo para aliviar as náuseas de mulheres grávidas, fato que ocasionou o nascimento de 20 mil bebês sem pedaços dos braços. Esse panorama foi retratado pela ONG Cruelty Free Internation, em que afirmou que entre 10 casos de testes em  animais, 4 casos são considerados insatisfatórios em humanos.   Infere-se, portanto, que a Anvisa, por meio de verbas do Governo Federal, promova ministérios especializados na fiscalização de mal-tratos animais por testes em indústrias. Tais ministérios seriam compostos por veterinários e teriam como objetivo investigar o processo de pesquisa feito por empresas , por meio de um acompanhamento físico mensal em todos os locais. Outrossim, o poder legislativo deve promover a criação de leis para restringir o uso de testes cosméticos apenas por biotecnologia. Apenas assim os fatos de mal-tratos retratado no documentário "MTD" será amenizado.