Materiais:
Enviada em: 17/08/2019

Segundo o filósofo estaduniense Will Durant, a ciência traz o conhecimento, a vida e a sabedoria. Nesse contexto, é necessário discutir sobre o uso de animais em pesquisas científicas no Brasil. Os desafios relacionados a essa temática resultam da violação das metodologias de éticas na pesquisa e da baixa fiscalização governamental.       Em primeiro lugar, vale destacar que as pesquisas científicas devem seguir regras fundamentais para a preservação da ética no uso de animais, uma delas é a legislação 11.794 de 2008 (Lei Arouca) que proíbe a provocação de dor e sofrimento desses seres vivos. De acordo com uma reportagem feita pelo jornal o Globo, 6 cães foram achados mutilados e com sinais de maus-tratos em um laboratório de pesquisa no Estado de São Paulo. Essa ocorrência demonstra a importância no cumprimento das metodologias bioéticas nas pesquisas científicas.       Além disso, uma boa fiscalização por parte do Governo é essencial como forma de diminuir o cometimento de crimes contra os animais em laboratórios. Contudo, nesse aspecto, o Brasil necessita aprimorar os órgãos fiscalizadores. Segundo o artigo publicado pelo jornal Folha de Londrina, o Conselho Nacional de Controle e Experimentação Animal (Concea) encontra dificuldades no monitoramento dos experimentos, uma vez que a fiscalização somente acontece após casos de denúncias. Assim sendo, o fortalecimento dessa instituição é indispensável para garantir a obediência do regulamento nas pesquisas científicas que usam modelos com animais.       A partir do que foi discutido, é evidente, portanto, que o respeito da Lei de ética é primordial para uma pesquisa mais humanista e menos cruel. Por isso, é necessário que o Governo promova, por meio de investimento ao Concea, um programa de controle periódico dos experimentos que envolvem o uso de animais, com o objetivo de assegurar o tratamento correto desses cobaias. Logo, com isso, a ciência no Brasil poderá trazer o conhecimento descrito por Will Durant de forma mais humana.