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Enviada em: 19/08/2019

O uso de cobaias animas em pesquisas e testes científicos promove debates em proporções globais, tendo pessoas que são contra o uso, alegando o sofrimento imposto nas espécies utilizadas, e os que apoiam, alegando os diversos avanços que a saúde tanto humana quanto animal obteve graças ao uso de cobaias vivas nos experimentos científicos. No Brasil, os testes em animais obedecem os critérios da chamada Lei Arouca, que estabelece parâmetros para o uso das cobaias. Dessa forma, os testes devem continuar no país de forma controlada, seja pela atual necessidade do uso de cobaias vivas ou pela falta de investimentos em pesquisas para descobrir alternativas ao uso de animais em testes.    Em primeiro plano, os animais se apresentaram como grandes aliados necessários às melhorias na saúde ao longo do tempo. Isso porque o desenvolvimento de remédios para humanos, antibióticos, bem como anti-inflamatórios para animais tiveram ensaios, para comprovar sua eficiência, realizados com cobaias. As espécies vivas também são utilizadas em testes antes do uso no primeiro voluntário humano, buscando antecipar o conhecimento de sua toxicidade ou mesmo de sua eficácia. Desse modo, diversos avanços na área de medicina humana e da veterinária foram alcançados. Assim, a saúde humana e animal obtiveram benefícios em escala mundial.      Além disso, no Brasil há uma persistência no uso de animais em testes e pesquisas científicas. Isso ocorre pois há uma carência de alternativas ao uso dos mesmos. Nesse contexto, espécies vivas continuam a ser usadas nas pesquisas e, por consequência, grandes quantidades de animais sofrem e são mortos em nome da ciência. Contudo, nas últimas décadas, alternativas tecnológicas têm sido estabelecidas de modo a evitar que um número maior de animais seja utilizado. Um exemplo está no desenvolvimento da insulina, que foi inicialmente extraída do pâncreas bovino, depois do pâncreas suíno e hoje é sintetizada sem necessitar do sacrifício de animais. Dessa forma, o investimento em descobertas tecnológicas como essa é essencial para substituir o uso de seres vivos nas pesquisas.    Infere-se, portanto, que os animais atualmente são necessários para o alcance de diversos avanços na saúde humana, como também na animal, até que se encontre alternativas ao seu uso, como no caso da insulina. Urge portanto, ao Governo Federal, Poder Executivo no âmbito da União, incentivar descobertas, através de patrocínios aos cientistas e centros de pesquisa do Brasil, com o objetivo de encontrar maneiras de substituir o uso de animais vivos em testes. Ademais, é imperativo que o próprio Governo fiscalize as instituições que realizam testes em animais, através do envio de agentes ficais a esses locais, a fim de garantir que seja usado o menor número possível de cobaias. Dessa forma, alternativas serão descobertas a fim de acabar com o necessário sofrimento dos animais.