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Enviada em: 05/05/2018

De acordo com o Ministério da Saúde, menos de 2% da sociedade brasileira doa sangue regularmente. Embora a quantidade seja considerada suficiente, o número de doadores é menor do que o recomendado(entre 3% e 5%). Nesse contexto, deve-se analisar que a falta de informação e a descriminação influenciam na problemática em questão.   É relevante abordar, primeiramente, a falta de informação como principal fator pela escassez de doadores. Segundo a chefe de atendimento ao doador, grande parcela da sociedade têm mitos e dúvidas como uma barreira para a coleta, como o aumento de peso e a transmissão de doenças. Isso se deve, pois, campanhas publicitárias que perpetuem a importância da transfusão de sangue e como é feita não são frequentes, além da limitada acessibilidade a um ponto de coleta que faz o número de doadores ser menos do que a real demanda.  Além disso, a restrição para a coleta de sangue de homossexuais influenciam na escassez de doadores. De acordo com a OMS, Organização Mundial da Saúde, estes cidadãos constituem o chamado “grupo de risco”, pois, podem transmitir o vírus HIV e, consequentemente, os excluem caso tenham tido relações sexuais no prazo de 12 meses. Entretanto, a orientação sexual não pode ser critério de seleção, mas sim a saúde do indivíduos, uma vez que AIDS também é transmitida por heterossexuais e, a contribuição de tal grupo cobriria o desfalque nos estoques de sangue.   Torna-se evidente, portanto, que há entraves para a plena doação de sangue no Brasil. Em razão disso, cabe a mídia o papel de perpetuar em meios sociais, a importância da transfusão e de que forma é feita a fim de incentivar a solidariedade. Ademais, cabe ao governo em parceria com a Organização Mundial da Saúde, investir em tecnologias que avaliem a qualidade e a saúde do sangue com o objetivo de incluir o grupo homossexual, além de implantar coleta móvel nos principais pontos da cidade. Assim, com tais maneiras efetivadas, não haveria desfalque.