Materiais:
Enviada em: 06/05/2018

Heróis de cinema são adorados por um público imenso. Porém, esses telespectadores não têm consciência de que, assim como os mocinhos, eles poderiam agir heroicamente: através da doação de sangue. Tal ato grandioso salva vidas, e assim beneficia crucialmente a sociedade. Logo, é imprescindível que sejam combatidos os obstáculos que empecilham a doação de sangue.     Em primeiro plano, é importante destacar que crenças e preconceitos podem desencorajar voluntários. Sob esse limiar, o evangelismo, por exemplo, proíbe a transfusão sanguínea. Destarte, os cerca de 45 milhões de fiéis tendem a não doar. Além disso, o preconceito de que gays são majoritariamente contaminados por DST’s resulta, segundo o IBGE, na perda de absurdos 18 milhões de litros de sangue. Torna-se claro, portanto, que a cultura empática de doação de sangue não está inteiramente instalada no Brasil.     A posteriori, a desinformação gera ignorância. Nesse âmbito, as campanhas são poucas e as instituições de ensino negligenciam a educação a respeito do assunto. Logo, a população se torna alheia à importância de se doar sangue. Outrossim, também se impregnam mitos, tais como a engorda ou o risco de serem infectados no processo. Como resultado, o Brasil não atinge o ideal mínimo de 3% da população voluntária, apoiado pela Organização Mundial da Saúde. Assim sendo, potenciais voluntários são perdidos, pondo em risco as vidas de milhões de pessoas que necessitam doação.      É crucial, portanto, que o Ministério da Saúde, em conjunto das instituições escolares de Ensino Médio – com os alunos do 3º ano – lancem campanhas, por meio de panfletos, palestras, vídeos educativos e debates, a fim de incentivar a doação de sangue. Ademais, o poder midiático deve unir-se a tais agentes, divulgando essas campanhas para um maior público, através de comerciais de conscientização em horário nobre. Dessa forma, se diminuirá também, a alienação religiosa. Por fim, tal Ministério deve-se abolir o preconceito aos gays, eliminando a lei que os impedem de doar em casos que héteros poderiam. O Brasil terá, assim, muitos heróis.