Enviada em: 07/05/2018

O livro "Um Amor para Recordar" mostra a vida da protagonista Jame Elizabeth, a qual sofria com leucemia, uma doença que atinge diretamente os leucócitos e acarreta na necessidade de uma transfusão de sangue. Assim como a personagem, milhares de pessoas carecem pela doação de sangue no Brasil. Isso acontece não somente devido a certas restrições demasiadas à doação, mas também pela atenção insuficiente dada a necessidade de dispor de mais doadores frequentes.   Segundo o Coordenador Geral de Sangue e Hemoderivados do Ministério da Saúde, sempre que, através da mídia, o governo dispõe de algum chamado à doação, o fluxo de doadores nos hemocentros aumenta imensamente. Portanto, um dos problemas que delimitam a quantidade de doações realizadas é a insuficiência quanto ao fomento de campanhas em prol da doação frequente, visto que, apenas 1,8% da população é doadora fidelizada-realizam doações regularmente-, o que representa quase metade do que é recomendado pela Organização Mundial de Saúde (OMS).   Em segunda instância, é preciso pontuar que, no Brasil, é seguido à risca o restringimento a doações de sangue quando se trata de homens homossexuais. Segundo a regra, homens que mantêm relações homoafetivas só podem doar sangue caso estejam há mais de um ano sem praticar relações sexuais. Portanto, à custa disso, quase 20 milhões de litros de sangue que salvariam vidas são desperdiçados anualmente.   Assim sendo, é evidente que há obstáculos que devem ser enfrentados para a doação de sangue no Brasil. Em primeiro lugar, cabe ao governo, por meio do Ministério da Saúde, organizar um comitê, aliado à OMS, para que homossexuais possam realizar o processo sem exigências restritas, a fim de aumentar os estoques de sangue e atingir a taxa recomendada de doadores frequentes no Brasil. Outrossim, também cabe ao Estado, através da mídia, promover campanhas de doação durante todo o ano, para que as pessoas se conscientizem e que a concessão de sangue se transforme em um ato de cidadania entre a sociedade.