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Enviada em: 15/06/2018

Em busca do social e continuo  ''Seja bom e faça o bem'', essa foi a mensagem final deixada pelo monge budista Matthieu Ricard na palestra em 2015-São Paulo. Mattheiu explica que fazer o bem para alguém e não se sentir bem por isso é o mesmo que ter uma fogueira que queima, mas não traz calor. Essa falta de sentimentos atinge a doação de sangue através desse e muitos outros obstáculos que continuam sendo uma realidade no Brasil, tornando necessária a tomada de novas medidas para solucionar a questão.   Inicialmente, a falta de informação corrobora para o desconhecimento sobre a questão. Sabe-se que campanhas publicitárias não são frequentes e, sem uma maior divulgação à população o número de doadores se reflete nos menos de 1,9%. A ONU indica como ideal que 3 a 5% da população de uma nação seja doadora. Apesar da maioria ser doações de reposição nos serviços de coleta e o aumento gradativo de voluntários, só seria possível chegar nesse ideal de pelo menos 3% se o número de brasileiros regular nos hemocentros dobrasse. Ainda é pouco.   Entretanto, muitos empecilhos dificultam a resolução do impasse. Os cidadãos que têm relações homo afetivas fazem parte do chamado '' grupo de risco'' podendo doar após o prazo de 12 meses em abstinência sexual, esse grupo representa segundo último senso do IBGE 10,5 milhões de homo e bissexual, ficando esse período excluídos de exercer sua solidariedade e salvar vidas. Ademais, o Brasil não se prepara para captar o doador desde criança, sem essa politica não se constrói o doador do futuro. Por medo, desinformação, mitos, comodismo social, preconceito, desinteresse a maioria das pessoas aptas a doar não fazem, perpetuando a falta de altruísmo e a responsabilidade social.   Portanto, medidas são necessárias para resolver o impasse. Em parceria com meios de comunicação, as escolas devem fazer um esforço por meio de companhas de incentivo eficientes à doação, sejam desde crianças com a discutição do assunto nas escolas. Além disso, o Ministério da Saúde juntamente com a Organização Mundial da Saúde, hemocentros e a Anvisa devem rever e alterar as leis que excluem os homossexuais da doação e investir em tecnologias no controle de doenças infecciosas, como o preconceito descabido, orientação sexual não pode ser critério via de regra. Assim como para Mattheiu, ao quebrar a concepção de '' homem que é lobo do homem'',  busca-se abrir as portas para outra etapa do trabalho: desenvolver o altruísmo individualmente e fazê-lo crescer alternadamente, para melhorar não apenas pessoas como também a própria sociedade. Sendo assim, quando as pessoas entenderem a necessidade iram se dispor a doar sangue regularmente.