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Enviada em: 21/05/2018

É fácil notar que no Brasil, em uma sociedade tão contemporânea, muitas pessoas e até canais de comunicação falam sobre as dificuldade que envolve a doação de sangue. Dentro dessa perspectiva é interessante ressaltar dois pontos: a falta de informação da população sobre o processo de doação e o preconceito com homossexuais em relação a isso.   Em primeiro plano, a falta de informação da população em relação a doação de sangue é um grande obstáculo que dificulta o crescimento do número de doadores. Isso porque muitas pessoas acreditam que serão retirados litros de sangue corpo ou que será contraída alguma doença, porém, a quantidade retirada é segura para homens e mulheres que apresentem  condições necessárias, como por exemplo, possuir acima de 50 kg e não ter hepatite C, B e nem AIDS. Afinal, o controle atual dos hospitais e hemocentros é o resultado de avanços tecnológicos que possibilitaram um ambiente esterilizado e seguro, além de facilitarem no processo de controle de tipos de sangue e divisão de plasma. Assim, a falta de conhecimento leva as pessoas a evitarem de doar sangue e poder ajudar alguém.   Em paralelo  a isso, o preconceito da sociedade em relação aos homossexuais cria um obstáculo para a doação de sangue. Uma vez que mais de 10 milhões de homens que fazem sexo com homem, HSH, poderiam ajudar outras vidas doando o sangue, mas são impossibilitados por recomendações da Organização Mundial de Saúde ,OMS, que priorizam o baixo risco de contaminação das doações. As questões relacionadas ao preconceito são polêmicas, sendo discutido no Superior Tribunal da Justiça, STJ, se a questão de risco é relacionado ao comportamento do individuo ou a opção sexual que já posiciona a pessoa em um estado de irresponsabilidade inerente.   Torna-se evidente que é necessário aumentar o número de doações de sangue e para isso é importante uma melhor divulgação a respeito de todo processo, assim como  atribuir aos homossexuais o direito de doar com as mesmas restrições que um heterossexual. Para isso é necessário que o STJ e o Ministério da Saúde aprove e coloque em prática, respectivamente, a doação de HSH nas mesmas condições que um heterossexual. Além disso, o Governo Federal em parceria com ONGs devem incentivar a doação de sangue por meio de campanhas e palestras que expliquem adequadamente todo o processo de doação a fim de eliminar qualquer dúvida ou mito das pessoas e  aumentar o número de doadores no Brasil. Só assim, o país torna-se-á mais justo e generoso no que tange a relação entre os seres humanos.