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Enviada em: 21/05/2018

Doar sangue é um ato de solidariedade capaz de salvar muitas vidas. Mesmo assim, a atitude é pouco frequente no Brasil, o que configura um problema a ser solucionado. Nesse ínterim, é necessário vencer os obstáculos à doação de sangue no país, sejam eles relacionados à falta de conscientização da população ou ao estabelecimento de proibições a determinados grupos sociais.            Mormente, é cabível destacar que a população brasileira não é devidamente conscientizada acerca da temática. A falta de abordagem do assunto na educação infantil dificulta a formação de uma cultura de doação de sangue no país. Nesse contexto, é comum a criação de mitos que busquem, de maneira infundada, respaldar o desinteresse pela doação - como a ideia de que a atitude engorda e vicia -, ou ainda a doação que tem como único objetivo garantir a folga no trabalho ou a verificação da saúde. Por conseguinte, a taxa mínima de doadores recomendada pela ONU, de 3%, não é atingida no Brasil, na qual ela é de apenas 1,8%.           Além disso, a proibição imposta a determinados grupos sociais é um obstáculo ao aumento de doadores. Homossexuais e indivíduos que estiveram no Reino Unido entre 1980 e 1996, por exemplo, são impedidos de doar como as outras pessoas. Isso reduz em grande escala a arrecadação de sangue, visto que 20 milhões de litros deixam de ser coletados em decorrência da medida. Embora esses grupos apresentem maior risco de possuir doenças, a realização de testes que verifiquem as condições de saúde bastariam para não perder os doadores.            Fica evidente, portanto, que a doação de sangue no Brasil encontra obstáculos que devem ser vencidos. Cabe ao Ministério da Educação promover a conscientização da população desde a infância, através da inclusão do assunto em livros didáticos e atividades curriculares, visando à criação de uma cultura de doação de sangue no país. Assim, os bancos de sangue não enfrentarão a carência que pode ser decisória entre a vida e a morte de muitas pessoas.