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Enviada em: 09/06/2018

O obstáculo está no altruísmo   Atualmente, pouco se discute acerca dos obstáculos para a doação de sangue no Brasil. Sabe-se, de acordo com pesquisas realizadas pela Organização Mundial de Saúde (OMS), que menos de 1,9% da população brasileira é doadora de sangue. Alguns empecilhos colaboram para a baixa taxa, como as restrições aos doadores e a exclusividade de alguns tipos sanguíneos. Porém, o baixo estoque de sangue nos hemocentros é fruto do maior obstáculo observado na problemática: o comodismo social.   Inicialmente, cabe salientar que apesar dos empecilhos que contribuem para a não doação, é preciso entender que, ainda de acordo com a OMS, mais de 60% da população brasileira com mais de 18 anos preenche os requisitos necessários para a realização do procedimento. Tal fato demonstra, de forma estatísticamente clara,  que a escassez nos hemocentros se deve, principalmente, ao comodismo social.   Pode-se observar, após interpretação dos dados, que a falta de altruísmo leva o indivíduo a permanecer em sua zona de conforto, fechando os olhos para a realidade que o cerca. Porém, é de comum consenso que o comodismo termina no instante em que o indivíduo se vê precisando da doação, seja para ele ou algum parente próximo, evidenciando que a situação não é imutável e pode ser trabalhada em conjunto com a sociedade.  Para solucionar esse problema fortemente presente na sociedade brasileira, é necessária a presença de todos, mas, principalmente das mídias (televisão, rádio, revistas, internet), promovendo e veiculando intensas campanhas, a exemplo do que já é feito em relação ao combate a dengue ou Aids, com a presença de celebridades, cartazes, folhetos e abordagens, para que a população possa entender a situação e, a partir disso, passar a se sentir mais inserida no contexto social, o que aumentará a taxa de doações. Será preciso ver o outro como um ser mais próximo se a melhoria na saúde for um dos objetivos da nação.