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Enviada em: 27/06/2018

Na Santa Casa de Misericórdia, em São Paulo, a diretoria do local com intuito de propulsionar as doações de sangue, junto a uma locadora, decidiram exibir filmes, principalmente de vampiros, para promover esse comportamento. Nesse sentido, o estabelecimento tenta driblar todas dificuldades relacionada aos estigmas relacionada à doação, o preconceito contra os homossexuais e a falta de conscientização da doação regular de sangue.                Em primeiro plano, de acordo com a BBC, cerca de 1,8% da população brasileira doa sangue, o que está abaixo do índice recomendado pela ONU, que está entre 3% a 5%. Entre os motivos relacionados estão os estigmas que precisam ser desconstruídos, entretanto, continuam a ludibriar os indivíduos no corpo social por falta de políticas que as evitem, como, por exemplo, o ganho de peso ou a adquirição de doenças por doar sangue. Além disso, os obstáculos não param por ai, a proibição de homossexuais em oferecer o próprio sangue para ajudar outras pessoas, tira a oportunidade de aproximadamente 10,5 milhões de homens em escolher salvar vidas. Dessa maneira, percebe-se a passividade do Estado em criar leis eficientes que incentivem a doação e desmistificam pensamentos, uma vez que se torna inaceitável no século XXI pessoas terem pensamentos retrógrados.                  Ademais, a falta de normatização da continuidade das doações também prejudica, posto que as pessoas doam uma vez e param. À vista disso, segundo Durkheim, o pensamento coletivo é dotado pela generalidade, exterioridade e coercitividade, isto é, o indivíduo tende adquirir hábitos por vivência em grupo. Dessa forma, compreende-se que se uma criança acompanha a rotina de doação regular dos pais, possivelmente também será uma doadora regular. Em contra partida, se o meio social ou o Estado não normatiza a dinâmica da doação de sangue, logo, ninguém ira doar com regularidade.                  Entende-se, portanto, que assim como a Santa Casa de São Paulo, O Estado deve promover campanhas atrativas para que a comunidade tenha interesse em fazer parte desse ato. Então, cabe ao Ministério da Educação, junto ao Ministério da Saúde, por intermédio de palestras nas escolas para as famílias, visto que incluir esse comportamento na formação do cidadão é importantíssimo, promover a participação interativa das pessoas, por meio de filmes e perguntas, como a apresentação de filmes de vampiros na introdução do tema, posto que vampiros necessitam de sangue para sobreviver, e  instigar perguntas sobre o tema. Além do mais, cabe à Secretaria de Comunicação promover campanhas na internet, a qual desmintam todos assuntos pejorativos relacionados a doação. Por fim, cabe ao Legislativo criar uma lei que permita que gays com parceiros fixos e sem resquícios de doenças possam doar sangue. Assim, os obstáculos serão diminuídos e as doações serão maiores.