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Enviada em: 02/07/2018

O fato de o Brasil não ter se envolvido em grandes guerras ou passado por grandes catástrofes naturais como os países desenvolvidos, não criou na sociedade canarinha a compreensão da importância da doação de sangue. Nesse contexto, deve-se analisar como individualismo aliado à falta de incentivo educacional e os estigmas influenciam na problemática em questão.  O exacerbado egoísmo é o principal responsável pelo escasso número de doadores de sangue no país.Isso ocorre porque, as pessoas conforme defende o sociólogo Zygmunt Bauman na obra "Amor líquido" não se envolvem nas relações interpessoais .Deste modo ,a falta de laços afetivos é potencializada e a maioria da população acaba não se importando com a necessidade do próximo, deixando de lado a compaixão.  Concomitante a isso, nota-se, ainda que a falta de informação contribui com a problemática. Visto que muitos acreditam erroneamente que ao conceder transfusões, o sangue engrossa ou afina, ou que se perde ou ganha peso.Por consequência disso,o ato de doar torna-se cada vez mais distante da nossa realidade. Fica claro, portanto, que a questão em voga precisa ser revisada.Cabe ao Ministério da Educação, em parceria com as escolas, incluir a disciplina de ética com aulas sobre altruísmo,generosidade a fim de desconstruir o individualismo enraizado na sociedade. Ademais é função do Ministério da Saúde, aliado à mídia, disseminar propagandas desmistificando os estigmas presentes sobre o processo de transfusão,atraindo assim, voluntários para salvar vidas. Dessa forma o Brasil alcançará os números recomendáveis de doadores e o entrave deixará de ser uma objeção no país.