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Enviada em: 19/06/2018

No século VIII a.C., o conceito de cidadania surgiu na Grécia. Porém, na Idade Média, o hierarquismo católico obstaculizou sua existência e, somente no Renascimento, com Aristóteles, que a cidadania ressurgiu. Hoje, a condição de cidadão se deve à Carta de Declaração Universal dos Direitos Humanos de 1948. Todavia, inúmeros indivíduos não exercem essa cidadania por meio da doação de sangue, por exemplo. Dessarte, percebe-se que elementos macrossociais confluem para essa problemática no país.    De acordo com o artista renascentista italiano Leonardo da Vinci, ''Todo nosso conhecimento se inicia com sentimentos''. Nessa acepção, a ausência de solidariedade amplia o desconhecimento da relevância de doar sangue. Em virtude disso, a quantidade de doadores é menor que a procura, visto que, as campanhas de doação de sangue são muito limitadas e, por conseguinte, sem essa divulgação à sociedade, o número de doações diminui e o estoque fica em baixa. Durante os feriados prolongados e as férias escolares, a necessidade de transfusões crescem, devido ao aumento de acidentes de transito. Logo, as campanhas que buscam ampliar o estoque de sangue ainda são exíguas nas mídias.   Conforme portarias do Ministério da Saúde, homens que tiveram relações sexuais com outros homens são inaptos por 12 meses à doarem sangue. Ainda nos anos 80, ocorreu uma epidemia do vírus HIV em jovens homossexuais americanos que morriam logo após internarem-se. Por conta disso, estigmatizaram equivocadamente esse indivíduos como grupos de risco. No entanto, a orientação sexual não pode ser parâmetro de escolha, contudo o estado de saúde dos cidadãos sim, dado que a Aids atinge homens, mulheres, crianças e qualquer outro grupo social. Desse modo, tais pessoas não podem exercer a solidariedade e salvar outras vidas.   Precisa-se, nesse caso, remover os empecilhos que afetam a doação de sangue. Assim sendo, é necessário que o Governo Federal altere a portaria que impede os homossexuais de doarem sangue e adquira equipamentos avançados para os hemocentros, para verificar a qualidade do sangue a fim de avaliar se o doador é portador de alguma doença, com o intuito de aumentar os voluntários e beneficiar quem carece de doações. De resto, o Ministério da Saúde deve promover a campanha Doe Sangue Regularmente na televisão, no rádio, na internet e em redes sociais durante o ano todo, com o propósito de mostrar o processo de doação e humanizar a população sobre a necessidade de doar sangue para salvar vidas e, seguir a máxima da missionária Madre Teresa de Calcutá, de não esperar por grandes líderes, fazer você mesmo, pessoa a pessoa.