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Enviada em: 28/06/2018

A doação de sangue encontra, no Brasil, uma série de empecilhos. Essa tese pode ser comprovada por meio de dados divulgados pela ''OMS'', os quais afirmam que nossa sociedade não apresenta o número de doares recomendado, que é de 3%. Nesse contexto, cabe analisar sobre como a falta de conscientização e a diferenciada política de doação para os gays influenciam na problemática em questão.    É indubitável que a ausência de conscientização e o exacerbado individualismo esteja entre as causas do problema. Tal fato acontece porque, segundo a presidente do ''Homope'', Yeda, a inexistência de políticas que influencie os indivíduos a doar sangue desde criança, contribuem para a escassez no número de doadores voluntários conscientes. Com isso, a prática de doação por parte de grande parte da população, se torna inexistente ou apenas realizada, quando necessária, entre membro da família.   Vale ressaltar, também, que a diferença nas políticas de doação de sangue que é imposta aos homens gays, atua como agente ativo na problemática em questão. Isso porque, o Ministério Da Saúde considera que homens homossexuais fazem parte do ''grupo de risco'' para a transmissão do vírus HIV. Tal fator, influencia diretamente nos casos de rejeição do sangue por parte de alguns hemocentros e também no intervalo entre doação, que, para homossexuais, deve ser de 12 em 12 meses e com ausência de relações sexuais.   Por essa razão, medidas são necessárias para combater esse impasse. Nesse contextos, cabe ao Ministério Da Educação, juntos às escolas, trabalhar na implantação de palestras, debates e oficinas, que envolva a família, a respeito da importância da doação de sangue com o objetivo de conscientizar e influenciar a realização dessa prática. Além do mais, convém ao Congresso Nacional, mediante uma alteração nas regras de doação de sangue, propor mais equidade na questão da doação feita por homens gays, visando a questão da agilidade e quebra de preconceito mediante a esse grupo, a fim de que o tecido social brasileiro se desprenda de certos tabus para que não viva na realidade das sombras, assim como na alegoria da caverna de Platão.