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Enviada em: 28/06/2018

No livro "Drácula", do escritor norte americano Bram Stoker, o protagonista fictício possui uma dependência de sangue para se alimentar e sobreviver. De maneira análoga, essa substância também é essencial na realidade, principalmente em casos emergenciais. No entanto, na realidade brasileira observa-se que a doação de sangue é insuficiente, seja pela falta do hábito de doar ou seja pela não permissão de certos grupos doarem.      Primeiramente, é importante salientar que não há um cultura de doação no Brasil. A falta de informação sobre os processos donativos associada à falta de empatia acaba por diminuir o número de doações e, dessa forma, impede a criação de um hábito de doação na população. Com efeito, segundo dados da organização mundial de saúde (OMS), cerca de 98,1% da população brasileira não é doadora. Por conseguinte, o país acaba por enfrentar dificuldades, principalmente em períodos nos quais a demanda por sangue é grande.     Além disso, também convém destacar o impedimento de um grupo relativamente grande de doadores. Nesse sentido, desde 2004 há uma determinação no Brasil que impede a doação de sangue de homossexuais que tiveram relações sexuais nos 12 meses anteriores. Essa medida, motivada por estigmas histórico-culturais, acaba por excluir essa parcela de um processo em que deveria ser considerado apenas o comportamento de risco, porém, não é o que acontece na prática.   Portanto, diante da ausência dessa cultura de doação e da exclusão dessa parcela importante medidas devem ser tomadas. Cabe ao Poder Judiciário propor políticas públicas de reeducação acerca desse hábito nas escolas, contratando profissionais da área da saúde para dar palestras e promover o debate sobre essa questão, a fim de conduzir os jovens a participar, no futuro, do processos donativos. Ademais, os homossexuais devem lutar pelo direito de doar, criando campanhas e realizando manifestações em locais públicos. Dessa forma, os problemas que impedem maiores doações serão amenizados e até mesmo resolvidos.