Materiais:
Enviada em: 05/07/2018

Segundo a primeira lei de Newton ou lei da Inércia, um corpo tem a tendência de continuar em seu estado natural, ou seja, em repouso, até que seja aplicada uma força superior sobre ele. Assim como na física, a sociedade brasileira encontra-se estagnada diante dos obstáculos da doação de sangue no Brasil. Neste contexto, é preciso refletir sobre dois aspectos que se fazem relevantes como a falta de conscientização da população em se voluntariar para doar sangue e a decadência de informações sobre o processo e o que essa ação pode causar ao doador. Acarretando, assim, num grande impasse diante desse assunto. Convém ressaltar, a princípio, que a má formação socio educacional brasileiro é um fator determinante para a permanência da precariedade da educação sobre a importância da doação de sangue, no qual, acarreta em histórias errôneas sobre o tal ato, como por exemplo, que a doação de sangue pode trazer doenças infecciosas ao doador. Já dizia o escritor Goethe, nada no mundo é mais assustador que a ignorância em ação. Por consequência, pessoas que necessitam de sangue ficam em desvantagem já que para a sua sobrevivência se faz necessário o sangue recebido. Além disso, de acordo com a Organização Pan-Americana da Saúde (Opas), menos da metade dos doadores de sangue na América Latina e no Caribe são voluntários. Como resultado, o número de pessoas que estão no banco de espera é muito grande, já que em meses como fevereiro o número de pessoas que necessitam da doação aumenta devido ao alto índice de acidentes que o carnaval pode trazer. A falta de campanhas publicitárias recorrente é um grande ponto a ser citado já que também, a falta dela faz com que o número de doadores seja menor. Assim, o meio de comunicação e o incentivo de novos doadores ainda são pequenos. Diante dos fatos supracitados, faz-se necessário que as instituições de ensino promovam a formação de cidadãos que tenham consciência da importância da doação de sangue desde a fase primária, por intermédio de campanhas, debates e trabalhos em grupo, que envolvam a família, a respeito desse tema, visando ampliar o contato entre a comunidade escolar e os benefícios que pode trazer as suas ações na sociedade. Além disso, é imprescindível que o Poder público destine maiores investimentos à instituições de ensino superior que possam promover as pessoas que tem interesse de doar sangue a realizações das etapas anteriores ao exames para que sejam feitas de antemão nas próprias instituições, assim, facilitando os hemocentros de receber somente quem está apto a doação. Dessa forma, o Brasil poderia superar os desafios e reverter essa realidade vivida hoje.