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Enviada em: 09/07/2018

A Constituição de 1998, intitulada cidadã, criou o Sistema Único de Saúde (SUS) a fim de propagar os cuidados médicos a toda população. Entretanto, há casos que não dependem somente do governo, mas também da sociedade, como as doações de sangue, que são extremamente reduzidas no Brasil. Logo, evidencia-se que é amplamente importante instaurar a empatia no cotidiano e auxiliar os demais, mas esse ato lida com empecilhos, seja pela alienação social, seja pelo individualismo.    É indubitável que a doação de sangue é um assunto que gera dúvidas e receios na população devidos às limitadas informações. A concessão desse fluido valoroso propagou-se com a Segunda Guerra Mundial, em que bancos de doações foram criados para salvar os feridos. De maneira análoga, essas contribuições são vastamente necessárias no Brasil, principalmente pela alta incidência de acidentes no trânsito como é relatado rotineiramente nos jornais. Todavia, no país apenas 1,8% da população é doadora de sangue, segundo o Ministério da Saúde, número que explana a falta de interesse e de conhecimento dos brasileiros, já que eles não recebem as devidas instruções sobre o processo. Com isso, nota-se como a alienação acarreta prejuízo aos pacientes necessitados.    Outrossim, é notório que a individualidade é um entrave para a efetivação das doações de sangue. É comum presenciar pessoas se queixando que o processo de extrair o sangue é doloroso e demanda um certo tempo, contudo muitas delas fazem procedimentos estéticos, como tatuagens e cirurgias estéticas, muito mais desgastantes, o que exalta a falta de empatia. De acordo com o sociólogo Durkheim, a sociedade é um corpo biológico, que precisa de relações interdependentes para seu bom funcionamento, porém, não é essa a situação encontrada vigentemente, uma vez que a maioria da sociedade apenas se lembra de fazer doações quando alguém próximo necessita, o que deixa claro o individualismo. Assim, percebe-se como o egoísmo causa entraves para a saúde pública.    Portanto, evidencia-se que é vastamente necessário que os indivíduos aderem à solidariedade e cumpram sua responsabilidade social e doem sangue regularmente e, para isso, é importante que o Ministério da Saúde, aliado ao Ministério da Comunicação, desenvolvam um aplicativo gratuito que mostre ao doador quando seu sangue salvou a vida de de alguém - haja vista que a sensibilização desperta a reciprocidade - além de lembrá-lo do período das próximas doações para que mais pacientes sejam auxiliados. Paralelamente, necessita-se que o Ministério da Educação desenvolva conteúdos acessíveis e dinâmicos às crianças sobre como a doação funciona e seus benefícios a fim de que a informação seja propagada na família.