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Enviada em: 09/07/2018

James Harrison, é o nome de um australiano que ficou conhecido como o "homem do braço de ouro". O sangue de Harrison possui grandes quantidades de um raro anticorpo, que permitiu a criação de um tratamento para a doença hemolítica do recém-nascido, salvando assim, milhões de bebês. Dentro do contexto de doação de sangue, o Brasil destaca-se entre os países onde há menos doadores no mundo, fato esse que precisa ser alterado com extrema urgência.    Deve-se pontuar, de início, quão alarmante é a carência de brasileiros dispostos a fazer um ato solidário, sem visar uma correspondência mútua. Esse modelo de pensamento narcisista não é comum em países desenvolvidos, tal como o Japão, posto que, lá, as crianças, independentemente da idade, vão à escola sozinhas. Os japoneses possuem um grande senso de companheirismo e solidariedade, por isso, todos os pais sabem que seus filhos receberão ajuda, caso necessitem.   Todavia, ressalta-se ainda que os homossexuais não possuem o direito de doar sangue, a menos que não tenha mantido relações sexuais com alguém do mesmo sexo nos últimos 12 meses. Essa restrição não só é irracional, como também é preconceituosa, dado que o indivíduo não poderá fazer a doação mesmo afirmando manter relações sexuais com o mesmo parceiro há mais de um ano e com o uso de camisinha. A mesma regra só seria aplicada ao indivíduo considerado heterossexual caso o mesmo tivesse relação sexual com uma pessoa desconhecida.    Portanto, medidas são necessárias para resolver o impasse. Inicialmente caberá ao Ministério da Saúde, juntamente com a Anvisa e o poder Executivo, a suspensão da lei que impede a doação de sangue por pessoas homossexuais, pois esse grupo social não se difere dos outros, no que tange a esse viés. Ademais, é dever do mesmo a criação de um aplicativo móvel, que deverá conter várias informações, tais como, homocentros próximos, o que é preciso para ser um doador, o número de vidas que poderão ser salvas pelo seu sangue, etc.