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Enviada em: 17/07/2018

De acordo com a OMS, 3% da população é o ideal para a doação de sangue em um país. Porém, no Brasil, esse número é próximo de 1,8%, pois existem obstáculos que impedem uma maior expressão dessa doação. Dessa forma, inúmeras pessoas pode ser prejudicadas, já que necessitam de sangue, muitas vezes, para sobreviver. Dentre as causas do problema está o critério duvidoso dos hemocentros e a falta de informação da sociedade.       Nesse contexto, um fator que vem dificultando a contribuição das pessoas é o preconceito, o qual se manifesta, frequentemente, na exclusão de homossexuais que possuíram relações sexuais nos últimos 12 meses. Tal critério pode ser considerado duvidoso e, com o crescimento da população homoafetiva no Brasil, significa diminuir drasticamente o número de doadores, prejudicando ainda mais o alcance da meta de 3%. Além disso, o Ministério da Saúde e a Anvisa afirmam que a orientação sexual não deve ser utilizada como critério, visto que já há uma triagem a ser realizada com todos os indivíduos.       Outrossim, ainda há mitos que freiam a doação de sangue no país, como o sangue engrossar ou afinar e a prática de doação viciar. Tudo isso é fruto da falta de informação de parte sociedade, a qual, dificilmente, busca saber da veracidade das informações, ainda mais na era das "fake news", em que tudo pode ser compartilhado sem a constatação da realidade. Ainda mais, existem pessoas que sequer sabem da existência do ato solidário até precisar ou conhecer alguém que precise, doando, então, somente nos casos de urgência.       Portanto, é extremamente importante que o Ministério da Saúde fiscalize os hemocentros, acompanhando as doações de indivíduos excluídos injustamente, por meio de profissionais da saúde capacitados, com a finalidade de determinar o fim de critérios sem fundamento na escolha de doadores aptos. Ademais, o Estado deve fornecer informação na televisão e na "internet", esclarecendo as dúvidas da população e extinguindo os mitos existentes. Assim, o Brasil poderá crescer em contribuições e alcançar os 3% de população doadora.