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Enviada em: 19/07/2018

Na obra “O princípio da Responsabilidade”, o filósofo alemão Hans Jonas sustenta a ideia que a sobrevivência humana depende de nossas forças para cuidar do planeta e seu futuro. No Brasil, não há essa preocupação ressaltada na obra filosófica devido, principalmente, ao preconceito homofóbico e a falta de informações a respeito da relevância e segurança da doação sanguínea no território nacional.       Em primeira análise, cabe pontuar que segundo o Ministério da Saúde e a Anvisa a orientação sexual não deve ser usada como critério para seleção de doadores. Comprova-se isso com a proibição existente no país em que homossexuais precisam de 12 meses de abstinência sexual para fazer parte do banco de doação. Dessa forma evidencia-se a negligência e a repressão sofrida por essa camada social que é contrária à teoria hegeliana de que só a consciência é capaz de gerar mudanças sociais. Além disso, representam uma redução considerável nos estoques de sangue em vários hemocentros.             Ademais, convém frisar que a demanda de informações acerca da doação sanguínea é insuficiente. Uma prova disso é a carência de bolsas de sangue em transplantes, cirurgias e no tratamento de câncer e diabetes segundo a OMS (Organização Mundial de Saúde). Como consequência disso, antagônica aos ideais de Auguste  Comte para uma sociedade que atue como um organismo composto por partes interdependentes, cujas partes são responsáveis pelo bom funcionamento do todo. Diante disso, vê-se as falhas do Estado e a indignação do senso humano de solidariedade na efetivação de caminhos para combater os obstáculos na doação de sangue no Brasil.               Torna-se evidente, portanto, que medidas são necessárias para resolver o impasse no que concerne as dificuldades para a doação de sangue no país. Nesse sentido, o Governo deve estimular os centros de hemoderivados junto à comunidade, por meio de palestras, panfletos explicativos com divulgação nos meios de comunicação como TV, rádio, “Facebook” e “WhatsApp”, com informações sobre a segurança das doações e a importância de ajudar a salvar milhares de vidas. Espera-se com isso representar a contundência com a obra de Hans Jonas para com as futuras gerações.