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Enviada em: 17/07/2018

De acordo com a Organização das Nações Unidas, as doações de sangue podem evitar milhares de mortes a cada ano, sejam elas por acidente de trânsito, pelas várias formas de câncer ou outros  problemas de saúde. Entretanto, devido aos obstáculos, como a falta de conscientização da população brasileira e as barreiras encontradas pelos homossexuais para efetuarem as doações, o número de voluntários no país é proporcionalmente baixo em relação aos países vizinhos como Argentina, Cuba e Uruguai.   Dito isso, o fato do Brasil, diferente dos países desenvolvidos, não ter passado por grandes guerras e catástrofes naturais de grande magnitude pode ter provocado a desvalorização do ato de doar. Isto é, tais fatos poderiam ter criado na sociedade a compreensão da importância da doação de sangue, visto que, segundo Yêda Maia de Albuquerque, presidente da Fundação de Hematologia e hematoterapia de Pernambuco, tem-se poucos doadores voluntários e muita doação de reposição, para familiares e amigos, o que não é o ideal.   Além disso, de acordo com dados do portal G1, uma em cada cinco pessoas é considerada inapta para a contribuição, sendo, na maioria das vezes, homens homossexuais. Ou seja, mesmo seguindo as regras impostas pelo Ministério da Saúde para o ato, devido a opção sexual, muitos indivíduos são discriminados na hora da doação. Todavia, a  Agência Nacional de Vigilância Sanitária e o MS afirmam que a orientação sexual não deve ser  usada como critério para seleção de doadores, porém, na prática, isso não ocorre. A exemplo tem-se o caso do designer Alexandre Macedo, de 42 anos, publicado no site Super Interessante, no qual esse foi impedido de fazer a transfusão por ser gay, e desde então, nunca mais doou por consequência ação descriminatória.   Portanto, dado que o Brasil, mesmo coletando o maior volume de sangue, em termos absolutos, da América Latina ainda possui defasagens em relação ao números de pessoas dispostas a doar e que o preconceito é um dos principais fatores que desestimulam a sociedade, é de suma importância que o Governo Federal, juntamente com o Ministério da Saúde, elaborem campanhas públicas para incentivar a população a doar sangue regularmente. Por meio de impostos, esses devem elaborar cartilhas a serem distribuídas nas redes públicas de ensino, para todas as séries, abordando a importância do voluntariado e como tal ação ajudará milhares de pessoas. Igualmente, o MS também deve fiscalizar, de forma efetiva, as práticas segregativas para como os homossexuais nos hemocentros, a fim de extinguir o preconceito e coletar cada vez mais sangue. Para que, dessa forma, a doação seja um ato social e continuo na sociedade brasileira.