Materiais:
Enviada em: 22/07/2018

Durante a Segunda Guerra Mundial, surgiram inúmeras campanhas com o intuito de atrair novos doadores de sangue, visto que haviam muitos soldados feridos, gerando grande mobilização social. Atualmente, no Brasil, o número de doadores é baixo. Nesse sentido, há dois fatores que não podem ser negligenciados: a restrição aos homossexuais e os mitos impregnados na sociedade. Sendo assim, para reverter esse quadro faz-se necessária uma parceria entre o Governo Federal e as Universidades.    Em primeiro lugar, é importante analisar que o Brasil dificulta a doação de sangue de indivíduos homossexuais. Um exemplo disso é a exclusão da doação de homens gays que tiveram relações sexuais em até 12 meses, sendo vistos como um ''grupo de risco''. Destarte, tal preceito configura-se em um ato discriminatório, haja vista que, pessoas heterossexuais também podem disseminar doenças sexualmente transmissíveis. Diante disso, o país poderia inspirar-se na Argentina, que suspendeu essa barreira e passou a levar em consideração somente a saúde sexual dos indivíduos.     Além disso, é fundamental salientar que na conjuntura hodierna ainda há muitos mitos referentes à doação. De maneira análoga, muitas pessoas negligenciam a doação por acreditar que pode perder peso ou até ficar anêmica. Segundo a Organização Mundial da Saúde, cerca de apenas 2% da população doa sangue. Dessa forma, é perceptível que a escassez de campanhas publicitárias corrobora com este cenário, pois muitos indivíduos deixam de ser doadores por acreditar nos mitos da doação.     Em virtude dos fatos supracitados, torna-se fundamental uma ação conjunta entre o Governo Federal e as universidades. É imprescindível que o Governo altere as leis, para que a orientação sexual não seja critério na triagem e sim a saúde dos indivíduos, com o fito de aumentar o número de doadores. De acordo com Franz Kafka, ''a solidariedade é o sentimento que melhor expressa o respeito pela dignidade humana''. Assim sendo, cabe às universidades, divulgar campanhas voluntárias de doação de sangue, com o intuito de atrair novos doadores e acabar com o mitos referentes à doação. Logo, poder-se-á afirmar que a pátria educadora oferece mecanismos exitosos para acabar com os obstáculos da doação de sangue no Brasil.