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Enviada em: 21/07/2018

De acordo com a ONU, é esperado que 3% a 5% da população de um país desenvolvido doe sangue. Contudo, no Brasil, onde essa estimada porcentagem se faz presente, cerca de 2% dos brasileiros doam sangue, o que é menos do que o esperado pela ONU. Nesse contexto, deve-se salientar como a herança histórico-cultural e a falta de informação sobre a importância e o processo de doar sangue são grandes empecilhos na tentativa de atenuar essa problemática.     A herança histórico-cultural atua perceptivelmente no problema em questão. Isso acontece porque o Brasil, até a década de 80, levava em prática a renumeração de doadores por causa da escassez da doação de sangue voluntária. Nos EUA, por exemplo, essa atitude ainda persiste, o que leva o ser humano a assumir um papel individualista esperando ser gratificado pelo gesto. Apesar desse trabalho renumerado ter sido proibido no Brasil pela Constituição de 88, as pessoas ainda tentam reproduzir a solidariedade atrelada à recompensa, levando a população a não se envolver com a necessidade de realizar doações para garantir o tratamento de quem precisa, como diz Júlia Guimarães Mourão, presidente da Fundação Hemoninas do Estado de Minas Gerais. Não é atoa que apenas 59% da população brasileira doa sangue voluntariamente.     Além disso, é notório que a falta de informação auxilia nessa apartação, uma vez que, ainda, há muitos "mitos" sobre o processo de doar sangue. De acordo com Naura Faria, chefe de atendimento ao doador do HemoRio, do Estado do Rio de Janeiro, muitas pessoas ainda temem contrair doenças infecciosas durante a coleta. Por consequência disso, vê-se a necessidade de resolver essa adversidade, visto que, a ausência de informação faz com que a população não procure saber sobre a importância da doação.     Torna-se, portanto, evidente que a herança histórico-cultural do Brasil, junto com falta de informação, atuam significativamente com a ausência de bolsas sanguíneas nos hospitais. Então, para resolver a problemática, o Ministério de Educação, em parceria com as escolas, deve trabalhar com os alunos, desde pequenos sobre a necessidade de ajudar ao próximo. Assim, as crianças crescem com uma visão empática em relação a todos que as cercam. Além disso, os meios de comunicação devem espalhar para a sociedade o processo e a importância de doar sangue, para que os mitos sejam banidos e as pessoas se tornem mais informadas e sensíveis aos demais. Perceptivelmente, erradicando os obstáculos em questão, o país atingirá os 3% exigidos pela ONU e o problema da doação de sangue no país deixará de existir.