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Enviada em: 27/07/2018

A doação de sangue é fundamental, principalmente em um país com altos níveis de violência e com um crescente envelhecimento da população como o Brasil. Isso demanda um maior número de doadores que abasteçam a  hemorrede. O país se encontra em um nível de doações seguro, mas não ideal. As normas sanitárias discriminatórias estabelecidas pela Anvisa e cidadãos que não estão devidamente instruídos ainda são obstáculos para alterar esse quadro.  Em primeira análise, as restrições impostas a homens que mantém relações sexuais com outros homens representam uma grande redução no percentual de potenciais doadores. As normas estabelecidas levam em consideração apenas um único grupo que pode colocar em risco a qualidade do sangue oferecido ao receptor, o que mostra seu caráter discriminatório. É necessário considerar que não são apenas homens homossexuais que apresentam comportamento de risco.  Em segunda análise, falta à população maior informatização sobre o processo de doação de sangue e uma conscientização desde a infância. Ainda é desconhecido por parte dos indivíduos a importância da mesma e como um único doador pode salvar várias vidas. Não é algo discutido na escola ou que faça parte do cotidiano. É necessário desenvolver um senso de responsabilidade social atrelado à cidadania. Talvez pelo não envolvimento do Brasil em grandes guerras ou catástrofes, espécie de herança cultural, a população não compreenda de forma plena o quão fundamental a doação de sangue é.     Logo, as normas restritivas e a baixa informatização e conscientização ainda são obstáculos para que o Brasil se torne um país com percentual doador dentro do que é considerado ideal pela ONU - de 3% a 5% da população. Dessa forma, é imprescindível que o Ministério da Saúde juntamente com a Anvisa revisem as normas regulamentadoras da hemoterapia, promovam campanhas mais incisivas e chamados periódicos à população. Além de, junto com o Ministério da Educação e Cultura, promovam em escolas atividades que visem a conscientização dos infantes, desenvolvendo assim futuros doadores.